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Norte deve menos e paga melhor
A queda do financiamento bancário às empresas é maior na região Norte, com um recuo homólogo de 3,8% no último trimestre de 2015 face à média nacional de 3,2%, enquanto o nível de incumprimento aumentou para 13,9%, um rácio ainda assim abaixo da média de 15,8% que se verifica no país.
O financiamento dos bancos às empresas portuguesas continua em queda, com o tecido produtivo nortenho a ser mais penalizado pelo fecho da torneira bancária.
No final do último trimestre de 2015, o valor da dívida das sociedades não financeiras da região Norte ascendia a 22.331 milhões de euros, menos 3,8% do que em igual período do ano anterior, enquanto a nível nacional a quebra foi menos acentuada (3,2%), de acordo com o relatório "Norte Conjuntura", da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).
Em termos de incumprimento bancário (rácio de crédito vencido em % de crédito concedido), as empresas do Norte continuam a exibir menor risco (13,9%) do que o registado a nível nacional (15,8%), apesar de no quarto trimestre de 2015 este rácio ter aumentado três décimas no Norte enquanto no país se verificou um decréscimo de cinco décimas.
O Norte também tem menos empresas devedoras que não cumprem com as suas obrigações financeiras – 29%, menos 1,4 pontos percentuais do que se observado a nível nacional. Nesta matéria, no quarto trimestre registou-se um recuo homólogo de um ponto percentual em ambos os rácios.
São tendências que se replicam no que concerne ao endividamento das famílias. Ainda de acordo com o relatório da CCDRN, no final do último trimestre de 2015 o valor da dívida das famílias da região Norte ao sistema bancário e financeiro (incluindo crédito a empresários em nome individual) ascendia a 36.276 milhões de euros, o que traduz uma quebra homóloga de 2,3%, enquanto a variação negativa a nível nacional foi de 2,6%.
No Norte, a redução do financiamento voltou a ser mais acentuada no segmento do crédito à habitação (menos 2,9%) do que no total do crédito às famílias, "o que sucede pelo quarto trimestre consecutivo", realça o documento.
"No crédito ao consumo e outros fins, o crédito aumentou pela primeira vez ao fim de cinco anos, registando uma variação homóloga de 0,5% no quarto trimestre de 2015", enfatiza ainda o relatório da CCDRN.
O rácio de crédito vencido das famílias nortenhas baixou para 4,5%, menos 0,6 pontos percentuais do que a média nacional, tendo a percentagem de famílias devedoras em incumprimento na região recuado de 13,25 para 12,4%.
