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Norte só recuperou um quinto dos 236 mil empregos destruídos pela última crise

A região Norte perdeu 236 mil postos de trabalho durante o período recessivo, entre 2008 e 2013, tendo nos últimos três anos recuperado cerca de 50 mil empregos, avança o “Norte Estrutura”, uma nova publicação da CCDRN.

A região Norte do país recuperou, a partir de 2014, cerca de 50 mil dos 236 mil postos de trabalho destruídos na sequência da crise mundial desencadeada em 2008.
17 de Abril de 2017 às 12:10
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O Norte de Portugal já recuperou, ou apenas criou, cerca de 50 mil dos 236 mil postos de trabalho perdidos na sequência da grave crise financeira internacional desencadeada em 2008.

 

Para quem vê o copo meio vazio, os números da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) significam que o motor de crescimento do país está ainda muito longe de compensar as perdas de emprego sofridas até 2013.   

 

Já os optimistas realçam a tendência invertida desde então, à boleia do crescimento económico verificado entre 2014 e 2016, com a população empregada residente na região a crescer sempre.

 

Os sectores da indústria transformadora e do comércio foram os que mais perderam e recuperaram postos de trabalho neste período. A indústria perdeu 82 mil empregos entre 2008 e 2013, tendo criado 46 mil entre 2014 e 2016, enquanto o comércio já recuperou 30 mil dos 44 mil perdidos.

 

"Se nos próximos quatro anos fosse possível manter o mesmo ritmo médio de crescimento da taxa de emprego, então a região do Norte chegaria a 2020 com uma taxa de 74,5%", lê-se no primeiro número do relatório "Norte Estrutura – edição Primavera de 2017", uma nova publicação trimestral da CCDRN, que será apresenta esta segunda-feira, 17 de Abril.

 

Do estudo efectuado conclui-se, também, que se tem registado uma crescente qualificação da mão-de-obra na região, traduzida num aumento em mais de 10 pontos percentuais da proporção de população activa com formação superior (de 11,6% para 21,9% entre 2007 e 2016).

 

Norte será a região portuguesa mais envelhecida a partir de 2033

 

O "Norte Estrutura, que abre com uma análise do mercado de trabalho entre 2008 e 2016, analisa, ainda, as projecções demográficas para o período 2015-2080.

 

De acordo com estas projecções, da responsabilidade do Instituto Nacional de Estatística (INE), a população residente em Portugal deverá continuar a diminuir e a região do Norte deverá ser a que mais contribuirá para essa diminuição.

 

Entre outros aspectos, essas projecções deixam dois alertas preocupantes: por um lado, o Norte poderá passar a ser a mais envelhecida das regiões portuguesas a partir de 2033, e, por outro, o Norte, onde actualmente residem 3,6 milhões de pessoas, passará a contar com menos de três milhões de habitantes a partir de 2048.

 

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