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Empresa da Nova Zelândia aumenta produtividade com semana de trabalho de quatro dias

A Perpetual Guardian arriscou e os resultados já se fazem sentir: a medida provocou menos stress, mais produtividade e melhor relação entre o trabalho e o lazer.

19 de Julho de 2018 às 11:08
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Os números não enganam: desde que uma empresa na Nova Zelândia experimentou um novo modelo laboral, com quatro dias de trabalho por semana, o stress generalizado dos funcionários desceu 7%, enquanto o estímulo, empenho e sensação de empoderamento no local de trabalho melhorou significativamente. No total, o nível de satisfação subiu 5% e a produtividade 20%, relata a Sábado.

Os resultados são de um teste da empresa Perpetual Guardian, que decidiu implementar este modelo entre os meses de Março e Abril deste ano aos seus 240 trabalhadores, com um horário de trabalho de quatro dias por semana com 8h, mas com um salário equivalente a um período de quatro dias. 

Finda a fase experimental, a empresa, que gere patrimónios, trata de aplicações financeiras e investe dinheiro, concluiu que a experiência foi um sucesso, com 78% dos seus funcionários a apresentar um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho – uma subida de 24%, comparativamente aos 54% de funcionários que afirmou conseguir coordenar as duas componentes em Novembro do ano passado.

"Se os pais podem passar mais tempo com as suas crianças, como é que isto é uma coisa má?", pergunta Andrew Barnes, fundador da companhia e criador deste teste na Perpetual Guardian. Barnes contou no programa Radio Live que teve esta ideia porque queria dar aos seus funcionários ferramentas para conseguirem contrabalançar a sua vida pessoal e o trabalho com um dia extra para os seus afazeres privados e, simultaneamente, ajudá-los a focarem-se apenas no trabalho quando estão em horário laboral.

"Os resultados foram excitantes", garantiu Barnes. "A produtividade subiu, os níveis de stress desceram (…) As pessoas ficaram mais focadas", garantiu Andrew Barnes.

O fundador informou ainda que os trabalhadores fizeram parte de todo o processo e que não lhes impôs o modelo, dando mais poder aos mesmos. A direcção perguntou-lhes como poderiam manter a produtividade com menos um dia de trabalho e criaram um plano nesse sentido. Barnes explicou ainda que um dia a menos de trabalho por semana não é um direito e que seria retirado se os níveis de produtividade baixassem.

"Contratualmente não foram reduzidas horas. Se não mantiverem a produtividade, tiramos de volta o presente", esclareceu. "Isto é um presente, não é um direito. Se me derem a produtividade, eu dou-vos o dia. É mútuo respeito".

Para Barnes, os funcionários não estão condicionados a passar 5 dias no local de trabalho. "Diria a todas as empresas na Nova Zelândia para experimentarem", conclui.

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