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Nasceram menos e encerraram mais empresas no primeiro semestre
Nasceram mais de duas empresas por cada uma que fechou no primeiro semestre. O número de insolvências recuou mais de 20%.
Depois de dois anos de crescimento, o nascimento de empresas recuou no primeiro semestre em Portugal, de acordo com os dados revelados pela Informa D&B, que revelam também uma diminuição no número de encerramentos.
Nos primeiros seis meses de 2016 foram criadas 20.377 novas entidades em Portugal, o que traduz uma queda de 4% face ao período homólogo. "Após dois anos consecutivos de subida, o comportamento deste indicador começou a revelar alguma instabilidade em Outubro de 2015, iniciando uma variação homóloga negativa que se manteve até Janeiro de 2016", refere o relatório da Informa D&B.
Já no que diz respeito ao número de encerramentos, aumentou 1,2% para 6.708 no primeiro semestre. Ainda assim, este aumento foi menos intenso do que o registado nos últimos 12 meses (+10,4%).
De acordo com a mesma fonte, por cada empresa que fechou nos últimos 12 meses, foram criadas 2,2 novas. Um rácio inferior ao registado no período de 12 meses anterior (2,4).
A Informa D&B realça um comportamento distinto no que diz respeito à criação de empresas, enquanto a Área Metropolitana de Lisboa subiu (+4,7%, o equivalente a mais 316 entidades), o Norte desceu (-5,5%, o equivalente a menos 398 entidades), assim como o Centro (-10,5%, o equivalente a menos 400 entidades).
No que diz respeito ao número de insolvências, desceram 24% no primeiro semestre, para 1.811. "Este abrandamento foi comum à quase totalidade dos sectores de actividade: Agricultura, pecuária, pesca e caça e Actividades financeiras foram os únicos a dilatar o número de processos de insolvência iniciados, com apenas mais quatro e mais sete casos, respectivamente", refere a Informa D&B, acrescentando que "todas as regiões, à excepção dos Açores (com mais seis casos), reduziram o número de processos de insolvência originados nos seis primeiros meses de 2016".
A mesma fonte assinala que as empresas e outras organizações foram também mais cumpridoras dos prazos de pagamento: a percentagem de entidades que pagou dentro dos prazos acordados foi de 20,1% no final de 2015, tendo subido 0,5% no primeiro semestre de 2016.