Notícia
Mulheres ocupam um quarto dos cargos de topo das cotadas, mas têm pouco poder
Entre as empresas do PSI-20, só duas têm mulheres a liderar órgãos de decisão: a Sonae, com Cláudia Azevedo, e a Galp, com Paula Amorim.
24 de Outubro de 2019 às 10:12
A lei da paridade de género já produz efeitos e, nas empresas cotadas em bolsa, as mulheres já ocupam quase um quarto dos cargos de topo. Contudo, estão, sobretudo, em cargos não executivos, afastadas das posições de gestão executiva onde teriam poder efetivo.
Estas são as principais conclusões do projeto Women on Boards, coordenado por Sara Falcão Casaca e Maria João Guedes, do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG), e citado, esta quinta-feira, 24 de outubro, pelo Público.
O projeto analisa a representação de mulheres em órgãos de decisão, na sequência da entrada em vigor da Lei n.º 62/2017, que veio exigir maior paridade de género nas empresas públicas e cotadas em bolsa. Para estas últimas, o patamar mínimo de representação de cada género estabelecido pela lei é de 20% desde janeiro de 2018, passando para 33,3% a partir de janeiro do próximo ano.
Entre as 39 empresas cotadas em bolsa que foram analisadas no estudo, a primeira meta já é cumprida, pelo menos em média: as mulheres passaram de ocupar 14,3% dos cargos de topo em 2016, antes da entrada em vigor da lei, para 24,8% em abril de 2019. Já entre as empresas que integram o PSI-20 (são contabilizadas apenas 17, já que a EDP Renováveis fica de fora, por estar sediada em Espanha), as mulheres representam 25% dos cargos em órgãos de administração.
A Corticeira Amorim, a Sonae Capital e a Jerónimo Martins estão no topo das empresas do PSI-20 com a representação mais equilibrada nos órgãos de administração. Mas só duas têm mulheres a liderar órgãos de decisão: a Sonae, que tem Cláudia Azevedo como presidente executiva, e a Galp, cujo conselho de administração é liderado por Paula Amorim.
Este cenário é uma exceção, isto é, apesar de terem visto a sua representação em lugares de topo aumentar, as mulheres continuam a não ter "igual voz" no processo de decisão. Apenas 12% dos cargos executivos nas empresas cotadas são ocupados por mulheres, uma proporção que cai para 11% entre as empresas do PSI-20.
Estas são as principais conclusões do projeto Women on Boards, coordenado por Sara Falcão Casaca e Maria João Guedes, do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG), e citado, esta quinta-feira, 24 de outubro, pelo Público.
Entre as 39 empresas cotadas em bolsa que foram analisadas no estudo, a primeira meta já é cumprida, pelo menos em média: as mulheres passaram de ocupar 14,3% dos cargos de topo em 2016, antes da entrada em vigor da lei, para 24,8% em abril de 2019. Já entre as empresas que integram o PSI-20 (são contabilizadas apenas 17, já que a EDP Renováveis fica de fora, por estar sediada em Espanha), as mulheres representam 25% dos cargos em órgãos de administração.
A Corticeira Amorim, a Sonae Capital e a Jerónimo Martins estão no topo das empresas do PSI-20 com a representação mais equilibrada nos órgãos de administração. Mas só duas têm mulheres a liderar órgãos de decisão: a Sonae, que tem Cláudia Azevedo como presidente executiva, e a Galp, cujo conselho de administração é liderado por Paula Amorim.
Este cenário é uma exceção, isto é, apesar de terem visto a sua representação em lugares de topo aumentar, as mulheres continuam a não ter "igual voz" no processo de decisão. Apenas 12% dos cargos executivos nas empresas cotadas são ocupados por mulheres, uma proporção que cai para 11% entre as empresas do PSI-20.