A norte-americana Motorola, segunda maior fabricante mundial de telefones móveis, registou prejuízos de 553 milhões de dólares (623 milhões de euros ou 124,9 milhões de contos) no primeiro trimestre de 2001, registando as suas primeiras perdas dos últimos 15 anos, anunciou ontem a empresa em comunicado.

Os resultados apresentados pela Motorola correspondem a um prejuízo por acção na ordem dos 0,24 dólares (0,27 euros ou 54 escudos).

No mesmo período do ano passado, a companhia registou lucros na ordem dos 448 milhões de dólares (504,7 milhões de euros ou 101,18 milhões de contos), o correspondente a 0,20 dólares (0,22 euros ou 44 escudos) por acção.

Os resultados operacionais, que excluem ganhos e perdas extraordinárias, atingiram os 206 milhões de dólares (232 milhões de euros ou 46,61 milhões de contos) negativos, contra lucros de 481 milhões de dólares (541,9 milhões de euros ou 108,64 milhões de contos) no período homólogo.

A companhia atribuiu as perdas à descida das vendas de telefones móveis e de «chips», que foram prejudicadas pelo abrandamento da economia norte-americana e pelas suas repercussões a nível mundial.

O volume de negócios da empresa ascendeu aos 7,75 mil milhões de dólares (8,73 mil milhões de euros ou 1,75 mil milhões de contos) entre Janeiro e Março deste ano, menos 11% que nos mesmos meses de 2000, quando as vendas totalizaram 8,75 mil milhões de dólares (9,85 mil milhões de euros ou 1,77 mil milhões de contos).

As encomendas de telefones móveis, que servem de indicador sobre a actividade futura deste segmento, registaram um recuo homólogo de 10% para os 2,8 mil milhões de dólares (3,15 mil milhões de euros ou 631,5 milhões de contos), de acordo com dados da empresa.

As acções da Motorola encerraram ontem a cotar nos 13 dólares (14,64 euros ou 2.935 escudos), a ganhar 13,04%. Os resultados foram divulgados após o fecho do mercado.