Carlos Moedas, que falava esta segunda-feira num evento sobre investigação europeia, no Parlamento Europeu, salientou que "a Europa continua a desinvestir em I&D" e que atingir a meta dos 3% do PIB no sector é "mais importante do que nunca". "Estamos a dar prioridade à comercialização, estamos a tornar a ciência em tecnologia e a trazer a tecnologia para o mercado", disse.

Moedas defendeu três pilares para o avanço da investigação, nomeadamente através da captação de investimento privado, a par do público. O segundo pilar, para o comissário, é a existência de uma área unificada de investigação, aberta ao mundo mas com fundações sólidas no mercado interno da UE. Um ambiente de mercado que responda rapidamente à inovação e facilite que as ideias se tornem produtos e serviços comerciais é o terceiro pilar.

Segundo estimativas divulgadas esta segunda-feira pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, Eurostat, em 2013, os 28 países da União Europeia gastaram 273,5 mil milhões de euros em I&D, fazendo com que as despesas em I&D em percentagem do PIB atingissem 2,02% da riqueza produzida.

Portugal gastou, no ano passado, 2.322 milhões de euros em Investigação e Desenvolvimento, o equivalente a 1,36% do PIB, o que coloca o país no meio da tabela quanto aos gastos de I&D por estados-membros.