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Mobiliário: Novo ministro da Economia terá "tarefa hercúlea"

Gualter Morgado, da APIMA, diz que vai ser necessário trabalho conjunto para lidar com o aumento do custo energético e a rarefação de algumas matérias-primas.

Setor do mobiliário alerta para os desafios que o Executivo tem pela frente. DR
24 de Março de 2022 às 15:00
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A associação das indústrias de mobiliário destacou a "tarefa hercúlea" do novo ministro da Economia num contexto de escalada dos custos energéticos, falta de matérias-primas, dificuldades logísticas e guerra, avisando que as empresas "vão precisar de apoio".

"Vamos ter de trabalhar em conjunto para conseguir tomar as melhores medidas, porque nunca tivemos uma fase tão conturbada e com tanta incerteza como temos agora", afirmou o diretor executivo da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA), Gualter Morgado.

Comentando a orgânica do novo Governo, anunciada na quarta-feira pelo gabinete do primeiro-ministro, António Costa, o dirigente associativo salientou os "vários problemas em mãos" que terão os membros do novo executivo, nomeadamente o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva.

"Temos vários problemas em mãos: o aumento do custo energético, a rarefação de algumas matérias-primas, as dificuldades ao nível de transportes internacionais [e] uma guerra na Europa, que condiciona alguns mercados e que agrava todas estas consequências, que já se vinham a sentir derivadas dos efeitos da pandemia", salientou o diretor executivo da APIMA.

Neste contexto, Gualter Morgado considera que "quem entra para o Ministério da Economia numa fase destas vai ter uma tarefa hercúlea": "Porque as empresas vão precisar de apoio, certamente, mas, acima de tudo, vão precisar de quem as ajude a agilizar e a retirar dificuldades burocráticas, a anular processos, a agilizar procedimentos e a eliminar os custos de contexto são gerados pela burocracia, para que as coisas possam fluir de uma forma muito mais rápida", sustenta.

Na opinião do dirigente associativo, o facto de Costa Silva ter liderado a elaboração do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) "já lhe permitiu ter uma noção global do estado do país" e "ter estado, durante um período, a estudar toda a macroeconomia nacional", dispondo assim "alguns elementos que lhe facilitam a tomada de tomada de decisão".

Apontando o "currículo extenso e credível" dos membros do novo Governo, o dirigente da APIMA avisa, contudo, que o executivo não vai ter tarefa "fácil": "Por um lado é salvar o que temos e, por outro lado, é catapultar e relançar toda a economia portuguesa. Não é fácil", alerta.

O primeiro-ministro, António Costa, apresentou na quarta-feira, ao Presidente da República, a composição de um Governo com 17 ministros, menos dois do que no anterior.
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