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Menezes "gostava de ganhar o ordenado de Catroga"

O ex-líder do PSD criticou o "ciúme e inveja" de quem reprova o valor que já era pago ao ex-presidente António de Almeida.

11 de Janeiro de 2012 às 17:42
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O ex-líder do PSD Luís Filipe Menezes disse hoje que "gostava de ganhar o ordenado" de Eduardo Catroga na EDP, criticando o "ciúme e inveja" de quem reprova o valor que já era pago ao ex-presidente António de Almeida.

"Eu gostava de ganhar o ordenado de Catroga. Mas quem ganhava aquele ordenado era o ex-presidente António de Almeida, quadro do PS, e nunca deu primeira página de nenhum jornal. Era o mesmo ordenado de António de Almeida até há cinco dias e agora só porque é o ordenado de Catroga já é um mau ordenado e injusto", afirmou hoje o também conselheiro de Estado, à margem de uma visita ao parque empresarial de Serzedo, Gaia.
Segundo o "Correio da Manhã", Catroga vai ganhar um salário de 45 mil euros por mês na EDP, acumulando uma pensão de 9.600 euros.
Quanto às críticas nas nomeações para a EDP, o autarca de Gaia respondeu ser "extraordinário como uma mentira dita com convicção pode passar a ser verdade e depois passar a fazer-se um debate nacional sobre a mentira".

"A EDP, face a este processo de reprivatização, tem um conselho de administração de sete pessoas e depois tem um conselho geral com 21 pessoas. Esse conselho geral é um órgão consultivo com poderes relativamente limitados no quotidiano e quem manda na empresa é a administração. Desses sete elementos só um tem ligações ao PSD e já era membro do conselho de administração", explicou Menezes, referindo-se a António Mexia, "cuja qualidade é indiscutível".

Sobre o conselho de administração, salientou que só três dos 21 elementos pertencem ao PSD e um ao CDS.

Menezes defendeu ainda que "nunca ninguém foi tão parcimonioso na ocupação de lugares como tem sido este governo do PSD".

O ministro das Finanças recusou terça-feira qualquer influência do Governo sobre a escolha dos membros dos órgãos sociais da EDP.

O actual presidente da EDP, António Mexia, deverá ser reconduzido na próxima assembleia-geral da empresa como presidente do conselho de administração executivo para o triénio 2012-2014 e o antigo ministro das Finanças Eduardo Catroga encabeça a lista para o Conselho Geral e de Supervisão, ao lado de nomes como Braga de Macedo, Celeste Cardona, Ilídio Pinho e Paulo Teixeira Pinto.

O conhecimento destes nomes ligados ao PSD provocou uma reacção do secretário-geral do PS, António José Seguro, que se declarou "muito surpreendido" com os nomes adiantados para o Conselho de Supervisão da EDP.

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