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Marcelo abre visita ao México com Portas na Mota-Engil

O ex-líder do CDS, que agora lidera o conselho estratégico da construtora portuguesa, será o cicerone do Presidente da República no arranque da viagem em que participam mais de 40 empresas portuguesas.

Cofina Media
17 de Julho de 2017 às 10:33
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É na sede da filial mexicana da Mota-Engil, mesmo antes de ser recebido no Palácio Nacional pelo homólogo, Enrique Peña Nieto, que Marcelo Rebelo de Sousa arranca esta segunda-feira, 17 de Julho, a visita de Estado a este país da América Latina, que não recebia oficialmente um Presidente português há 17 anos.

 

Nas instalações da construtora portuguesa, que é a maior investidora nacional em território mexicano, o chefe de Estado vai ser recebido por Paulo Portas, que é actualmente presidente do conselho estratégico da Mota-Engil – além de se ter tornado também consultor da petrolífera mexicana Pemex depois de abandonar a liderança do CDS-PP.

 

À chegada à Cidade do México, citado pela Lusa, Marcelo Rebelo de Sousa confirmou que "estreitar as relações económicas" será "o primeiro grande objectivo" desta deslocação a um mercado emergente com 127 milhões de consumidores e para onde, no ano passado, houve um total de 740 empresas portuguesas a exportar.

 

Com o Presidente da República seguiram viagem os representantes de mais de 40 empresas, que têm interesses em áreas tão diversas como a maquinaria industrial, informática, banca, climatização, arquitectura ou ginásios. Esta terça-feira, numa sessão aberta por Marcelo, vão reunir-se com empresas mexicanas no seminário empresarial designado "México e Portugal – Uma Viagem Comum".

 

Algumas das empresas participantes nesta visita, que conta com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e do novo presidente da AICEP, Luís de Castro Henriques, vão aproveitar a ocasião para dar visibilidade aos investimentos já realizados ou fazer novos anúncios. É o caso da GLN, do grupo Gestmin, que vai inaugurar esta semana uma fábrica de moldes para o sector automóvel em que investiu 2,5 milhões de euros.

 

Em 2016, a transacção de mercadorias para aquele país ascendeu a 227 milhões de euros, enquanto a venda de serviços rendeu 43,4 milhões de euros, fazendo do México o 25.º melhor cliente para Portugal – o país baixa para a posição 36 na lista de fornecedores. Porém, se no comércio a balança é equilibrada, ao nível do investimento "há um desequilíbrio importante", desfavorável a Portugal, para onde os grupos mexicanos "só agora estão a olhar" em busca de oportunidades para investir, comentou ao Negócios o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Mexicana, Miguel Gomes da Costa.

 

Construção e infra-estruturas, componentes para automóvel e aeronáutica, moldes e injecção de plásticos, agro-alimentar, tecnologias de informação e energias renováveis são alguns dos sectores em que os portugueses mais têm investido no México. Em sentido contrário, entre os investidores mexicanos mais conhecidos em Portugal encontram-se o grupo Bimbo ou a Sigma, que detém 100% da Nobre, assim como o grupo Angeles, que em 2014 tentou comprar a Espírito Santo Saúde e que em Maio pagou 2,5 milhões ao Estado por abuso de informação na OPA.

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