O grupo segurador espanhol Mapfre mantém interesse em realizar aquisições no mercado português, de acordo com uma entrevista de Domingo Sugranyes ao jornal espanhol «La Gaceta», publicada este fim-de-semana. De acordo com vice-presidente da Corporación Mapfre a vontade era ter uma «quota semelhante» à detida em Espanha, onde o grupo lidera o sector.

Numa entrevista publicada na edição de fim-de-semana do jornal espanhol «La Gaceta», sobre quais os locais para os quais a Mapfre olhava para realizar aquisições, Domingo Sugranyes respondeu: «na Europa estamos interessados em Portugal».

O Domingo Sugranyes defende que «é o mercado mais próximo ao nosso [espanhol] e pretendemos chegar a uma quota de mercado semelhante à de Espanha», onde o grupo é líder do sector segurador.

O mesmo responsável acrescenta contudo que «há que ver como se apresentam as oportunidades, estudá-las, negociá-las e ver se há entendimento entre vendedor e comprador».

Sobre outros países da Europa, Domingo Sugranyes que tal hipótese só se colocará «a médio prazo, não imediatamente». «Chagará a uma altura em que iremos investir em aquisições de seguro directo na Europa para ter uma posição significativa no velho Continente.»

O vice-presidente da Mapfre considera que «contar com uma participação pequena não leva a nenhum sítio, já que são mercados muito maduros». «Este tipo de investimentos supõem quantidades superiores às que temos realizado até agora».

A Mapfre é um dos grupos dados como interessados na Seguro & Pensões, ‘holding’ que agrega as participações do grupo Banco Comercial Português (BCP) no sector segurador.

A companhia realizou recentemente um aumento de capital no valor de 500,4 milhões de euros, parte do qual, lia-se no prospecto de subscrição das novas acções destinava-se a financiar parcialmente futuras aquisições no sector de seguros na Península Ibérica

O Sistema Mapfre, que agrega todas as actividades do grupo, terminou o ano passado com receitas consolidadas de 9,249 mil de euros. No primeiro trimestre, o grupo obteve um lucro líquido consolidado de 135,6 milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 1,6% face ao homólogo de 2003. As receitas totais subiram 27,1% para 2,508,6 mil milhões de euros, correspondentes a prémios de seguro directo e resseguros.