A Semapa, «holding» cotada do grupo cimenteiro de Pedro Queiroz Pereira, encerrou o primeiro semestre de 2003 com lucros de 20,7 milhões de euros.

Este indicador registou uma subida de 24% face a idêntico período do ano transacto e, segundo os responsáveis da Semapa, deveu-se sobretudo à diminuição dos interesses minoritários.

Essa diminuição decorre da aquisição por parte da Secil Investimentos SGPS, uma subsidiária detida integralmente pela Semapa, das quotas detidas pelas sociedades Hojgaard Holding e FLS Industries no capital social da FLSHH SGPS, a qual era detentora de 21,7 milhões de acções da Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, representativas de 41,06% do respectivo capital social.

Pelo facto de a aquisição ter ocorrido em 12 de Março, os encargos financeiros relativos ao financiamento contraído, de 290 milhões de euros, com vista ao respectivo pagamento, referem-se ao período de 12 de Março até 30 de Junho e a não a um semestre completo.

No que respeita ao desempenho operacional do grupo, constata-se que o primeiro semestre do corrente ano foi «significativamente inferior ao atingido no período homólogo do ano anterior».

Isto ficou a dever-se, essencialmente, «à diminuição da actividade verificada no sector da construção em Portugal, que afectou significativamente os negócios do Grupo ligados a esse sector», como o cimento, o betão-pronto, a pré-fabricação em cimento e os aglomerantes e argamassas.

As vendas e prestações de serviços consolidadas totalizaram 213,6 milhões de euros, correspondendo a uma diminuição de 18% face ao verificado no primeiro semestre de 2002.

A quebra das vendas de cimento e clínquer, em quantidade, é mais acentuada em Portugal, onde se verificou uma variação negativa de 16%, devido à quebra da procura interna.

Na Tunísia, houve uma diminuição de 2% relativamente ao período homólogo de 2002 porque a produção foi negativamente afectada pelas paragens efectuadas para realizar o investimento no aumento de capacidade do forno nº1.

O investimento consolidado da Semapa no primeiro semestre ascendeu a cerca de 315,3 milhões de euros em aquisição de participações sociais, sendo a mais relevante a aquisição da FLSHH, SGPS, que posteriormente alterou a sua denominação para Cimentospar – Participações Sociais, SGPS.

Os investimentos operacionais (ambientais, optimização, melhoria sustentada e manutenção) ascenderam a 23,2 milhões de euros.

AS acções da Semapa [SEMA] seguiam a subir, para 3,03 euros.