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Lucros do BES poderão crescer 11,5% impulsionados por comissões

O Banco Espírito Santo deverá apresentar um resultado líquido de 128,2 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, segundo a média de estimativas de um conjunto de quatro analistas sondados pelo Jornal de Negócios. Este valor representa um cresciment

26 de Julho de 2004 às 01:20
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O Banco Espírito Santo deverá apresentar um resultado líquido de 128,2 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, segundo a média de estimativas de um conjunto de quatro analistas sondados pelo Jornal de Negócios. Este valor representa um crescimento de 11,5% face aos 115 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2003.

As comissões poderão ser a rubrica que mais irá contribuir para os resultados, já que a margem financeira – que mede a diferença entre juros pagos e recebidos – deverá cair cerca de 5,8%, fixando-se nos 354,1 milhões de euros.

A margem financeira, pelas suas características, tem tendência a ser maior em períodos de taxas de juro elevadas e vice-versa. A política expansionista do banco central europeu parece ter chegado ao fim, pelo que esta tendência deverá alterar-se.

Graça Graça Moura, analista do BPI responsável pela cobertura do sector da banca, disse ao Jornal de Negócios que «a margem é uma rubrica chave». A analista que prevê um resultado líquido de 130 milhões de euros relembra que «é preciso ter em consideração que haverá uma alteração do perímetro de consolidação, uma vez que o BES alienou a Credibom no ano passado e, por isso, ainda consta no histórico de resultados do primeiro semestre de 2003».

O BES vendeu os 45% que detinha na empresa de crédito ao consumo, ao Crédit Agricole, por um montante de 78,75 milhões de euros, em Julho de 2003. Graça Graça Moura espera que as comissões sejam «boas» e que os custos subam cerca de 3% mas «se forem 4% não ficaria surpresa».

Outra rubrica salientada pela analista do BPI é a das provisões que «deverá sofrer uma diminuição porque o ano passado foram constituídas provisões para a venda da Credibom».

Em relação ao «cost-to-income», um rácio que avalia a ponderação dos custos, incluindo amortizações, face às receitas – o total do produto bancário – a sondagem aponta para os 51,7%, ou seja, menos 0,3 pontos percentuais que os 52% registados em 2003.

Este mês algumas casas internacionais como a Société Générale e a Morgan Stanley iniciaram a cobertura da banca portuguesa, tendo elegido o BPI como o banco preferido. Para o BES emitiram, respectivamente, as recomendações de «venda» e «equal weight».

 

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