A cimenteira portuguesa Semapa, controlada por Pedro Queiroz Pereira, registou resultados líquidos consolidados de 40 milhões de euros em 2003, mais 30% que no exercício de 2002, anunciou hoje a empresa. No mesmo período do EBITDA foi de 120 milhões de euros, menos 28,57% e o volume de vendas recuou 14,86%, para 418 milhões de euros.

Em comunicado, a cimenteira adianta que o EBITDA, resultado operacional consolidado antes de amortizações e provisões, foi de 120 milhões de euros, menos 28,57%, com a margem a evoluir de 34% para 29%. O ‘cash flow’ consolidado «de igual montante» aumentou 23,71% face a 2002. O EBIT foi de 17 milhões de euros, mais 41,6%.

A administração da empresa explica que a melhoria registada nos lucros «é consequência de uma maior apropriação do resultado da Secil resultante da aquisição», por uma subsidiária da Semapa, «da participação que as sociedades dinamarquesas Hojgaard Holding A/S e FLS Industries A/S detinham no capital social da Secil».

A operação saldou-se por um desempenho das empresas do Grupo Semapa «inferior ao verificado no ano anterior o que se deve, essencialmente, à diminuição sensível da actividade do sector da construção em Portugal». A mesma fonte salienta como positivas «as melhorias de produtividade obtidas nas principais fábricas do grupo em Portugal e na Tunísia» que, contudo, «apenas permitiram atenuar ligeiramente o factor negativo acima mencionado».

No final de 2003 a dívida líquida consolidada era de 461 milhões de euros, contra 162 milhões de euros um ano antes. A alteração deve-se, segundo o comunicado da Semapa, «essencialmente à contratação e utilização de uma facilidade de crédito de 290 milhões de euros para financiamento da aquisição de 41,06% do capital social da Secil», aos «investimentos adicionais efectuados pelo grupo» e «ao «cash flow» gerado no período».

As acções da Semapa [SEMA] encerraram hoje inalteradas, nos 3,80 euros.