Notícia
Lucros da Ogma caem 13% em 2012
A Ogma terminou o ano de 2012 com uma quebra de 13% nos seus lucros, para os 9,4 milhões de euros. Almir Borges, presidente do grupo aeronáutico, justificou ao Negócios esta quebra com a "apreciação do euro face ao dólar, o aumento de impostos e a diferença entre os tipos de produtos e serviços intervencionados em 2012 relativamente a 2011".
O volume de negócios da Ogma, em 2012, atingiu os 159,3 milhões, mais 12% do que no homólogo. Por áreas de actuação, o negócio de manutenção alcançou os 124,3 milhões, o que representou 78% do volume total, enquanto o negócio de aeroestruturas gerou cerca de 35 milhões de euros, o que corresponde a uma contribuição de 22% do volume de negócios da Ogma.
Em 2012, a Ogma manteve o seu investimento interno, totalizando cerca de 1,4 milhões de euros aplicados em formação e qualificação. Já os investimentos em infra-estruturas, novos processos e tecnologias atingiram os 5 milhões, refere a empresa em comunicado.
Com este desempenho, a administração da empresa de aeronáutica decidiu, pelo sétimo ano consecutivo, distribuir aos trabalhadores cerca de 1,54 milhões de euros a título de participação nos lucros, com base em critérios de cumprimento de seus Planos de Acção e de Metas Sectoriais. Desde 2006 já foi distribuído aos trabalhadores um total de 9,3 milhões de euros.
Além disso também aprovou a distribuição de cerca de 1,8 milhões de euros a título de dividendos aos accionistas, ou seja, 0,267 euros por acção.
Quanto ao ano que está em curso, Almir Borges não quis detalhar, apenas referiu que "a perspectiva é procurar garantir a sustentabilidade da empresa".
No que concerne a projectos, a Ogma continua a colaborar no desenvolvimento do KC-390, o avião militar que está a ser construído pela Embraer. O processo "está a decorrer conforme o planeamento para esta fase de desenvolvimento".
Já quanto ao contrato com a Airbus para o C-295, o gestor detalhou que "o contrato da fase 2 que prevê a fabricação de peças para a montagem da fuselagem central ainda está em fase final de negociações, com previsão de finalização para o segundo semestre de 2013. A partir daí, o processo de parcerias e desenvolvimento de fornecedores (de empresas portuguesas) deverá ser iniciado" .