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Lucros da EDP deverão ter aumentado 63,5% para 577,2 milhões

O lucro da EDP-Energias de Portugal, nos nove meses de 2006, terá subido 63,5% para uma média de 577,2 milhões de euros, suportado pelo maior contributo do Brasil, da subsidiária de renováveis NEO e alguns "items" extraordinários, segundo 11 analistas con

07 de Novembro de 2006 às 13:49
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O lucro da EDP-Energias de Portugal, nos nove meses de 2006, terá subido 63,5% para uma média de 577,2 milhões de euros, suportado pelo maior contributo do Brasil, da subsidiária de renováveis NEO e alguns "items" extraordinários, segundo 11 analistas consultados pela Reuters.

Os analistas prevêem que a EDP tenha tido um lucro líquido consolidado entre 487 e 625 milhões de euros versus 353 milhões de euros em igual período de 2005 e estimam um EBITDA de 1.545 a 1.705,9 milhões de euros com a média em 1.629,3 milhões de euros, contra 1.382 ME nos nove meses de 2005.

O EBIT é visto por 11 analistas a oscilar entre 882 e 1.002 milhões de euros com o ponto médio em 956,2 milhões de euros contra 767 milhões de euros no mesmo período de 2005, enquanto quatro analistas estimam receitas entre 7.737 e 8.165 milhões de euros com a média em 7.928,6 milhões de euros versus 7.423 milhões de euros.

A EDP vai anunciar os resultados a 9 de Novembro após o fecho do mercado e os analistas salientam que há expectativa sobre a divulgação de outra informação relevante como a eventual venda da subsidiária de telecoms fixas ONI.

Lembram que os resultados dos nove meses beneficiam de items extraordinários como a reversão total da provisão de 118 ME do derivado para cobrir alteração de taxas de juro relativo aos CMEC-Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual.

A venda da espanhola Telecable também gerou uma mais-valia de 35,5 milhões de euros e a EDP ter-se-á apropriado de um resultado da REN-Rede Eléctrica Nacional de cerca de 150 milhões de euros, depois desta ter feito uma mais-valia com a alienação dos 18,2% que tinha na Galp Energia à Amorim Energia.

A EDP tem 30% da REN.

"No lado operacional, os resultados deverão continuar fortes com um maior contributo das energias renováveis e um bom comportamento da Distribuição e Geração", disse Enrique Soldevilla, analista do BPI, em Madrid.

"Os resultados do Brasil foram muito bons, com um maior peso da área da Geração devido à entrada em operação do terceiro gerador da central Peixe Angical, o que é positivo", disse uma analista que não quis ser identificada.

Neste terceiro trimestre, o lucro da subsidiária Energias do Brasil subiu 109% para 114 milhões de reais (MR) e o EBITDA aumentou 69,6% para 339,45 MR.

Destacam que a NEO terá beneficiado de, no semestre, a capacidade instalada de parques eólicos ter duplicado para 1.108 mega watts (MW) e estarem previstos mais 343 MW até ao fim do ano, gozando de tarifas muito favoráveis em Espanha.

A Distribuição em Portugal, apesar da subida dos volumes, terá continuado a sentir pressão com a subida dos preços dos combustíveis não ser reflectido imediatamente nas tarifas, sendo recuperado em anos posteriores e criando um défice tarifário.

Os custos operacionais são vistos a evoluir de forma muito controlada, em especial os relativos ao pessoal e Fonecimentos e Serviços Externos (FSEs) na Distribuição em Portugal.

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