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Sinal de Powell para cortes das taxas dá nova sessão de ganhos a Wall Street

O líder da Fed disse que "chegou o momento" de ajustar a política monetária, deixando praticamente garantido um corte dos juros em setembro. Mercados já esperavam, mas registaram ganhos robustos

A bolsa dos EUA teve um fim de semana prolongado devido ao feriado do Memorial     Day, que se seguiu a uma semana com saldo positivo.
Carlo Allegri/Reuters
23 de Agosto de 2024 às 21:27
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Os principais índices dos EUA encerraram a sessão com ganhos significativos, subindo mais de 1%, depois de o presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, ter dado o sinal mais claro até agora de que o banco central se prepara para cortar as taxas  de juro em setembro.    

O S&P 500 subiu 1,15% para 5.634,11 pontos e o Dow Jones Industrial Average ganhou 1,14% para 41.175,08 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançou 1,47% para 17.887,79 pontos, com o índice tecnológico a acelerar devido ao benefício que os cortes das taxas podem trazer ao setor.

Depois de uma perda do ímpeto dado pelas palavras de Powell a meio da negociação, os índices voltaram a acelerar perto do final da sessão.

No simpósio anual da Fed em Jackson Hole, Powell referiu que "chegou o momento" de ajustar a política, deixando implícita uma redução dos juros no próxima reunião, ao dizer que "a direção a seguir é clara". No entanto, "o momento e o ritmo dos cortes dos juros dependerão dos dados que forem chegando, da evolução das perspetivas e do equilíbrio dos riscos", referiu.   

       

Durante a sua intervenção, Powell explicou que "os riscos de subida da inflação diminuíram", enquanto "os riscos de descida do emprego cresceram", pelo que o banco central "vai estar atento a ambos os riscos", procurando cumprir assim o seu duplo mandato de manter a estabilidade dos preços e atingir o pleno emprego. 

"Não procuramos nem acolheremos bem novos abrandamentos nas condições do mercado de trabalho", salientou Powell.    

Os analistas e investidores mostraram-se satisfeitos com a intervenção de Powell, embora a decisão fosse já dada como certa pelos mercados. "O mercado deve estar contente com este discurso porque não foi ‘hawkish’ de maneira nenhuma, deu luz verde aos cortes de 25 pontos base – e deixou a porta aberta a cortes ainda maiores se necessário", disse Chris Zaccarelli, da Independent Advisor Alliance, à Bloomberg.      

 

De acordo com a ferramenta FedWatch, da CME, que se baseia nos futuros da taxa de fundos federais, as probabilidades de um corte de 25 pontos base são de 61,5% e de um corte de 50 pontos base são de 38,5%. A próxima reunião da Fed, em que serão conhecidas também as novas projeções económicas do banco central, realiza-se a 17 e 18 de setembro.

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