Notícia
Lucros da Brisa sobem 10,2% enquanto tráfego desce 3,7%
Os resultados líquidos da Brisa registaram um crescimento de 10,2% no primeiro semestre de 2005, tendo atingido cerca de 107 milhões de euros. A concessionária registou uma queda de 3,7% no tráfego, mas os lucros ficaram acima das previsões.
Os resultados líquidos da Brisa registaram um crescimento de 10,2% no primeiro semestre de 2005, tendo atingido cerca de 107 milhões de euros. A concessionária registou uma queda de 3,7% no tráfego, mas os lucros ficaram acima das previsões.
Uma sondagem de seis analistas, efectuada pela Reuters, previa que o lucro líquido oscilasse entre 80,2 e 102,5 milhões de euros, com a média nos 90,85 milhões de euros.
As receitas operacionais da concessionária de auto-estradas do Grupo José de Mello atingiram 275,4 milhões de euros, o que representou um ligeiro crescimento de 0,3% face ao primeiro semestre do exercício de 2004. Este crescimento foi influenciado pela consolidação da Nutrend e da Tyco.
O resultado operacional (EBITDA) atingiu os 204 milhões de euros, registando um decréscimo de 0,6%. Por seu turno, o resultando antes da função financeira (EBIT) atingiu os 148 milhões de euros, o que representou uma queda de cerca de 3% face ao primeiro semestre de 2004.
No final do primeiro semestre de 2005 a margem EBITDA foi de 74% e a margem EBIT atingiu os 54%. Sem o efeito da aquisição da Nutrend e da Tyco, que passaram a ser consolidadas pelo método integral, a margem EBITDA seria de 75%. A Nutrend Engenharia e a Tyco Engenharia Unipessoal originou um acréscimo nas receitas de 4,5 milhões de euros e um acréscimo nos custos operacionais de 3,5 milhões de euros.
Os resultados da Brisa antes de impostos passaram de 129,4 milhões de euros para 132,8 milhões de euros, o que traduziu um crescimento de 2,6%.
As contas consolidadas da Brisa do primeiro semestre de 2005 não incluem a consolidação da BCI – Brisa conservação de Infra-estruturas devido ao processo em curso de integração da mesma na Efacec Serviços de Manutenção e Assistência.
Receitas com portagens descem 2,6%
As receitas de portagem baixaram de 250 para 243,6 milhões de euros, uma quebra de 2,6%. «Considerando a receita obtida no mesmo período do ano passado e a mesma rede em circulação, as receitas de portagem decresceram 2,9%», refere o comunicado remetido pela Brisa à CMVM.
Segundo os responsáveis da Brisa, o grande contributo para este decréscimo foi a queda em 3,8% no tráfego médio diário regista na rede de auto-estradas da concessionária, assim como uma perde de 1,2% na estrutura de classes. A Brisa refere que o tráfego total desceu 3,7% face ao mesmo período do ano passado.
«De facto, verificou-se uma redução das receitas nas classes de veículos comerciais e pesados (classes 2,3 e 4), tendo a classe 1 [veículos ligeiros] registado um crescimento de 1,1%», refere o mesmo comunicado.
As acções da Brisa fecharam a subir 1,77% para os 6,31 euros.