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Lucros da Brisa em 2007 devem crescer 60%
A empresa liderada por Vasco de Mello deverá anunciar hoje aos investidores um aumento de 60% nos lucros de 2007, face ao ano anterior, para os 267,46 milhões de euros. As estimativas dos cinco analistas contactados pelo Jornal de Negócios variam entre os
A empresa liderada por Vasco de Mello deverá anunciar hoje aos investidores um aumento de 60% nos lucros de 2007, face ao ano anterior, para os 267,46 milhões de euros. As estimativas dos cinco analistas contactados pelo Jornal de Negócios variam entre os 254 milhões de euros e os 284 milhões de euros.
A Lisbon Brokers espera que a Brisa "apresente fortes resultados, suportados essencialmente pelo aumento das receitas de portagem, depois do volume de tráfego ter crescido devido à melhoria da actividade económica". A analista Sara Amaral, numa nota de investimento, sublinha que o PIB português cresceu 1,9%, em 2007, contra a previsão de 1,8% que a casa de investimento estava a incorporar nos seus modelos de avaliação.
A mesma fonte frisa, ainda que, os dados da ACAP (Associação de Comércio Automóvel de Portugal) revelam que as vendas de veículos ligeiros de passageiros aumentaram 4,3%, em 2007 face a 2006, o que também deverá favorecer as contas da concessionária de auto-estradas.
O resultado líquido registado pela concessionária, em 2007, inclui um crédito fiscal que terá sido de cerca de 100 milhões de euros.
Segundo a Caixa BI, apesar dos custos da empresa terem aumentado no ano passado, devido às propostas de novas concessões, as receitas da Brisa deverão ter avançado cerca de 10% face a 2006.
As previsões dos analistas contactados apontam para uma subida de 11% no EBITDA para os 464,32 milhões de euros, enquanto estimam um crescimento de 16% nas receitas totais para a média de 649,92 milhões de euros.
Dependente do ciclo económico do país, a Brisa poderá encontrar em 2008 algumas dificuldades pela incerteza que cerca a economia portuguesa. Por outro lado, deverá beneficiar de alguns investimentos anunciados pelo governo, nomeadamente do novo aeroporto de Lisboa e do TGV.
No final do ano passado, a Brisa anunciou a cedência de uma carteira de créditos futuros à sociedade de titularização de crédito Tagus, correspondentes a taxas de portagem a cobrar nas auto-estradas de que é concessionaria. Esta reversão de provisões deverá ter um impacto positivo de 100 milhões de euros nas contas da empresa, de acordo com o BPI e com a Lisbon Brokers.
Das cinco empresas que se espera apresentem contas esta semana, deverá ser a Brisa a registar o maior crescimento no seu resultado líquido.