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Lucros dos CTT caem para metade no primeiro trimestre

Os CTT lucraram 5,4 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma queda de 48,2% face aos mais de 10 milhões um ano antes.

Pedro Simões
02 de Maio de 2018 às 16:58
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Os CTT tiveram lucros nos primeiros três meses do ano de 5,4 milhões de euros, uma queda de 48,2%, face aos 10,3 milhões de euros um ano antes, anunciou a empresa.

Estes resultados ficam abaixo do previsto pelos analistas. O CaixaBI apontava para lucros de 10,2 milhões de euros. 

A empresa explica que este resultado se deve a gastos não recorrentes. Sem estes efeitos os lucros teriam decrescido 27,4%. 

O EBITDA recorrente caiu 18,9% para 22,7 milhões de euros, tendo os custos extraordinários ditado um EBITDA reportado de 18,4 milhões de euros, uma queda de 26%.

Os analistas da Caixa Bi estimaram uma quebra de 4,5% para os 23,8 milhões no EBITDA.

A empresa explica que teve gastos não recorrentes de 6,4 milhões de euros, sendo que 4,3 milhões tiveram impacto no EBITDA.

Os CTT explicam a queda do EBITDA recorrente com o facto deste primeiro trimestre ter tido menos dois dias úteis do que os três primeiros meses do ano transacto, e o facto de o aumento de preço ainda não ter tido impacto neste primeiro trimestre. Além disso, os serviços financeiros tiveram uma queda no EBITDA de 4,4 milhões de euros.

Se os preços tivessem subido no primeiro trimestre, o impacto seria positivo em 1,9 milhões de euros. Mas os preços novos entraram em vigor a 1 de Abril. 

Apesar desta queda na rentabilidade, os Correios dizem, em comunicado, que "o plano de transformação operacional está a superar as projecções iniciais, tendo já contribuído positivamente para a estrutura da despesa", já que "os gastos operacionais recorrentes são positivamente impactados nos correios e outros (-0,5%), que representam 66,4% de todos os gastos, e nos serviços financeiros (-17,3%), em resultado do decréscimo da actividade".

No final do trimestre, os CTT tinham 12.194 trabalhadores, mais 32 que há um ano, devido à integração de 141 trabalhadores da Transporta, adquirida em Maio de 2017. Sem este feito, o número de trabalhadores teria caído em 109, devido à diminuição de 179 efectivos. Mas há um aumento de 211 contratados a termo no período. No âmbito do programa de reestruturação, saíram no primeiro trimestre 58 pessoas. 

Em comunicado, a empresa, liderada por Francisco Lacerda, diz ainda que o plano de reestruturação já capturou 11,7 milhões de poupanças de gastos recorrentes. Para 2018 o objectivo é de 13,8 milhões. 

Os rendimentos operacionais estabilizaram no primeiro trimestre face a igual período de 2017, nos 177 milhões de euros, tendo havido quebras no correio (-1,5%) e nos serviços financeiros (-37%), enquanto a área de negócio do expresso e encomendas subiu 21,8% – com crescimento de 10,8% sem o efeito da incorporação da Transporta – e o Banco CTT aumentou os rendimentos em 28,8% para 5 milhões de euros. O Banco CTT fechou o trimestre com 300 mil clientes e 255 mil contas de depósito à ordem. O Banco CTT tem depósitos de clientes de 665 milhões de euros, com a carteira de crédito a atingir os 114 milhões. 

(Notícia actualizada às 17:30)
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