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CTT passam de queda de 3% a subida de 1% após resultados

Os correios nacionais já alternaram entre uma queda superior a 3% e uma subida superior a 1% no início da sessão desta quinta-feira, isto depois de ontem a cotada ter reportado uma quebra de quase 50% dos lucros nos primeiros três meses do ano.

O corte de mais de 20% que os CTT efectuaram ao dividendo não afectaram a rendibilidade da remuneração, uma vez que as acções dos Correios têm sido fortemente penalizadas em bolsa pela evolução negativa dos resultados que levaram a gestão a reduzir o dividendo. Com um dividendo de 38 cêntimos por acção, o “dividend yield” é de 12,1% e o segundo melhor da bolsa portuguesa. Para manter este estatuto de boa pagadora de dividendos (que foi a imagem de marca quando entrou em bolsa), a gestão dos CTT decidiu entregar 57 milhões de euros aos accionistas, mais do que duplicando os lucros obtidos no ano passado.
03 de Maio de 2018 às 09:27
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Está a ser uma manhã agitada para os títulos accionistas dos CTT, que depois de um início de sessão em terreno negativo já inverteram para o verde. Nesta altura as acções dos correios nacionais avançam 0,66% para 3,072 euros, isto depois de já terem chegado a somar 1,11% para 3,086 euros.

Porém, no início da negociação bolsista os títulos dos CTT chegaram a recuar 3,67% para os 2,94 euros, um mínimo de 18 de Abril. Está também a ser uma manhã marcada por grande liquidez dos títulos da empresa liderada por Francisco Lacerda, uma vez que até ao momento já trocaram de mãos mais de 685 mil acções, valor que compara com a média diária dos últimos seis meses de 1,4 milhões.

 

Este ano tem sido difícil para os CTT que já perderam 13,5% do valor em bolsa para uma capitalização bolsista que se fixa actualmente em 455,1 milhões de euros.

 

Esta quarta-feira, os correios nacionais apresentaram os resultados relativos ao primeiro trimestre de 2018, tendo reportado um lucro de 5,4 milhões de euros, valor que representa uma queda de 48,2% face ao resultado líquido de 10,3 milhões de euros alcançado em igual período do ano passado.

O lucro registado no primeiro trimestre também ficou aquém das estimativas dos analistas. O CaixaBI, por exemplo, antecipava um resultado líquido de 10,2 milhões de euros. Os CTT justificaram a quebra dos lucros com os gastos não recorrentes, sem os quais o resultado líquido teria recuado apenas 27,4%.

A empresa liderada por Francisco Lacerda garante que o plano de reestruturação iniciado no primeiro trimestre deste ano "está a superar as projecções iniciais, tendo já contribuído positivamente para a estrutura da despesa". A cotada garante que já está em execução 85% do plano para este ano, cujo objectivo final é garantir uma poupança de 13,8 milhões de euros.

 

Apesar da evolução pior do que o esperado do correio postal, os analistas do BPI salientam que, no conjunto, os resultados dos CTT foram robustos. O BPI sublinha ainda que para o conjunto do presente ano antecipa que os CTT consigam um "ligeiro aumento das receitas".

Como tal, a unidade de investimento do BPI decidiu manter a recomendação sobre os títulos da cotada em "comprar", atribuindo um preço-alvo de 4 euros, o que tendo em conta a cotação actual da empresa (3,072 euros) confere um potencial de valorização de 30,21% aos títulos dos CTT.

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