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Lucros dos CTT caem 65% para 6,3 milhões até Junho

A empresa liderada por Francisco Lacerda voltou a registar queda dos lucros. De Janeiro a Junho caíram 65% para 6,3 milhões de euros. os proveitos operacionais cresceram 0,9%.

31 de Julho de 2018 às 16:51
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Os CTT fecharam os primeiros seis meses do ano com lucro de 6,3 milhões de euros, uma queda de 64,8% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com o comunicado enviado à CMVM esta terça-feira, 31 de Julho. A empresa sublinha que sem os efeitos não recorrentes o resultado líquido teria decrescido 19,9%.

Durante o mesmo período, o EBITDA recorrente situou-se em 46 milhões de euros, uma redução de 12,4% impactado pela performance dos serviços financeiros. Já a margem EBITDA foi de 13%, uma melhoria face aos 12,8% do primeiro trimestre.

A performance da empresa é explicada por custos não recorrentes, entre os quais das indemizações pagas aos trabalhadores no valor de 13,2 milhões de euros no âmbito do programa de rescisões implementado pelos CTT. Uma medida que se insere no plano de reestruturação apresentado em Dezembro do ano passado. 

Já os rendimentos operacionais, pelo contrário, registaram uma ligeira subida de 0,9% para 355 milhões de euros fruto do crescimento do segmento de Expresso & Encomendas, do Banco CTT e da área de Correio, segundo a empresa.

Os proveitos do segmento de Correios, que continua a representam a maior fatia no total dos rendimentos do grupo (76%) cresceram 0,3% no primeiro semestre para 270 milhões de euros, tendo invertido a " tendência dos últimos trimestres", sublinham os CTT. Isto porque a queda do tráfego de correio endereçado foi contrabalançada "pela evolução positiva do mix de produtos (crescimento do tráfego do correio internacional de chegada) e pelo aumento do preço médio", detalha.

O segmento de Expresso e Encomendas registou um aumento das receitas de 17,7% para 74 milhões de euros.

A rubrica serviços financeiros registou a maior queda de todos os segmentos de actividade da empresa: -31,7% para 20 milhões de euros. Uma queda que tendo em conta só o segundo trimestre seria reduzida para 25,8%, "em resultado de diversas iniciativas comerciais bem-sucedidas", acrescenta a empresa sem avançar com mais detalhes Já a queda de 31,7% nos primeiros seis meses é justificada com o facto de os produtos de dívida pública terem sido substituídos em Outubro passado por outros de rendimento inferior, "o que afectou a atractividade destes produtos".

Os rendimentos operacionais do Banco CTT atingiram 10,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2018, um crescimento de 23,3% face ao mesmo período do ano anterior.

No final de Junho o banco dos Correios contava com 212 lojas e 350 mil clientes "que se traduz em cerca de 285 mil contas de depósitos à ordem", este último indicador representando um crescimento superior a 93% face ao período homólogo, aponta.

Os gastos operacionais cresceram 5,8% para 324 milhões de euros em resultado "do aumento dos gastos variáveis associados ao crescimento do tráfego de Expresso e Encomendas em Portugal e Espanha e à evolução das vendas (lotaria) ", justifica. A rubrica gastos com pessoal registou um aumento de 5,1% para 183,2 milhões de euros.

No final de Junho o número total de trabalhadores dos CTT era de 12.599, menos 312 (-2,4%) do que em igual período de 2017. Além disso, verificou-se uma diminuição de 417 efectivos do quadro e um aumento de 105 contratados a termo.

A empresa destaca ainda que os números já reflectem 156 saídas que ocorreram no primeiro semestre no contexto do programa de optimização de recursos humanos enquadrado no plano de reestruturação em curso.




(Notícia actualizada às 17H45)

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