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Lucros da Unilever aumentam 25% para 8,3 mil milhões em 2022

Dona de marcas como Dove ou Knorr adverte que a subida dos preços deverá manter-se em 2023, depois de, nos últimos três meses do ano passado, ter ficado acima dos 13%.

A Unilever é uma das empresas que está fora da iniciativa da SBTi.
09 de Fevereiro de 2023 às 15:01
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A Unilever reportou um aumento de 24,9% dos lucros líquidos para 8,3 mil milhões de euros em 2022, um ano marcado pelo aumento generalizado dos preços que a dona de marcas como a Dove, a Omo ou a Knorr, prevê que continue.

As receitas subiram para 60,1 mil milhões de euros, traduzindo um aumento de 14,5% face aos 52,4 mil milhões de euros em 2021, informou, esta quinta-feira, a gigante anglo-holandesa. "A Unilever apresentou um ano de forte crescimento das receitas sob condições macroeconómicas desafiantes", afirmou o CEO, Alan Jope, na nota que acompanha a apresentação dos resultados financeiros.

Dos aumentos em toda linha, destaca-se o segmento de produtos de beleza e bem-estar, cujas vendas cresceram 20,8% para 12,3 mil milhões de euros, assim como o dos produtos para a casa, cujas receitas subiram 17,3% para 12,4 mil milhões. O aumento mais modesto veio dos produtos de nutrição (6,1%), embora este seja o segmento com o maior volume de negócios (13,9 mil milhões de euros).

"Em 2022 equilibrámos cuidadosamente o crescimento dos preços, volume e competitividade para navegar pelo ambiente de elevada inflação dos custos. Vamos apresentar novamente um forte crescimento das vendas subjacentes em 2023, com uma melhoria do desempenho do volume e competitividade com o desenrolar do ano", indicou a Unilever, em comunicado.

Essa não será a única coisa a manter-se este ano nas previsões da Unilever: "Esperamos que a inflação de custos continue em 2023, A nossa expetativa para a inflação líquida (NMI, Net Material Inflation, que significa a variação dos preços médios em dois anos fiscais) na primeira metade do ano seja de cerca de 1,5 mil milhões de euros. Prevemos que seja bastante mais baixa na segunda metade, com uma série de possíveis resultados, mas não esperamos deflação de custos".

Segundo a Unilever, o aumento dos preços melhorou sequencialmente nos últimos oito trimestres, tendo atingido 13,3% no quarto trimestre do ano, colocando o crescimento subjacente dos preços em 11,3%. O que, como esperado, teve impacto negativo nos volumes de de vendas, que sofreram um declínio de 2,1%.

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