Notícia
Lucro da Jerónimo Martins dispara 79% no primeiro semestre para 186 milhões
A Jerónimo Martins fechou o primeiro semestre de 2021 com um resultado líquido de 186 milhões de euros. As vendas aumentaram 6,3%.
Os primeiros seis meses do ano foram de ganhos para a Jerónimo Martins. A dona do Pingo Doce comunicou uma subida dos lucros de 78,9%. O resultado líquido situou-se nos 186 milhões de euros, face aos 104 milhões registados no mesmo período de 2020, quando a empresa reportou uma quebra nos lucros de 36% devido ao impacto da pandemia.
As vendas consolidadas aumentaram 6,3% para 9,9 mil milhões de euros. O "forte desempenho" das vendas impulsionou a rentabilidade, refere a empresa. O EBITDA cresceu 12,6% para 715 milhões de euros. O valor de EBITDA "incluiu custos relacionados com a Covid-19 de 10 milhões de euros, que comparam com 29 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2020.
O investimento foi de 200 milhões de euros, 60% dos quais alocados à Biedronka. O primeiro semestre "foi um período de forte geração de caixa", refere o grupo, "que atingiu 82 milhões de euros, reforçando ainda mais o balanço. Para o desempenho "contribuiu também a boa gestão dos fluxos de capital circulante que, no 1S 20, conforme sinalizado à época, foram impactados pelo menor crescimento das vendas e por um calendário desfavorável".
A principal insígnia do grupo, a polaca Biedronka, registou um aumento das vendas de 9,8% em moeda local, com as vendas comparáveis a subirem 7,7%. Em euros, as vendas atingiram 7 mil milhões, o que traduz uma subida de 6,8% face ao mesmo período do ano passado. "Perante um maior controlo da situação pandémica e o consequente aligeiramento das medidas restritivas registou-se o aumento das visitas às lojas. A Biedronka beneficiou de um maior número de oportunidades para interagir com os consumidores", justifica o grupo.
Olhando apenas para o segundo trimestre de 2021, o aumento das vendas em euros foi de 9,8% para 3,6 milhões. O EBITDA cresceu 6% para 624 milhões de euros. Entre janeiro e junho, abriram 53 lojas e foram remodeladas 153.
A também polaca Hebe registou um aumento das vendas de 7,3% para 123 milhões de euros. No segundo trimestre, a subida foi de 30,4% para 66 milhões. "As vendas online deram um contributo relevante para o desempenho global da Companhia", refere a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos, representando 14% do total de vendas do trimestre. "A insígnia encontra-se já a testar a entrada em novos mercados através da sua plataforma de e-commerce", revela.
Consumo "deprimido" em Portugal
Em Portugal, a empresa destaca que "o consumo manteve-se deprimido e impactado pela queda drástica da actividade turística".
As vendas do Pingo Doce ressentiram ainda o limite ao número de pessoas que podem estar dentro das lojas, bem como as restrições impostas aos restaurantes e cafés e "a baixa circulação nos centros das cidades". As vendas aumentaram 4,6% para 1,9 mil milhões de euros no semestre. No segundo trimestre a subida foi de 10,1% para 993 milhões de euros. O "dinamismo das vendas" impulsionou a impulsionar a alavancagem operacional, com o EBITDA a crescer 29,2% para 112 milhões. O Pingo Doce abriu três lojas no semestre e renovou sete.
No Recheio, as vendas foram semelhantes às do período homólogo, cifrando-se em 398 milhões de euros. Apesar de se manterem restrições na restauração e hotelaria, a insígnia beneficiou, no segundo trimestre, da reabertura dos restaurantes, da "ligeira recuperação do turismo e de uma "base de comparação mais favorável" do que o mesmo período do ano anterior, o que levou as vendas a crescer 21,1%, para 244 milhões de euros.
Na Colômbia, a Jerónimo Martins sentiu um ambiente operacional "cada vez mais difícil a partir de Abril, à medida que as restrições para controlar a pandemia intensificaram a frequência, ainda que com menor severidade que em 2020". Os protestos de maio no país também "pressionaram, em certas regiões, o funcionamento do mercado". Em moeda local, as vendas da Ara aumentaram 20,9% no semestre, e no segundo trimestre a subida foi de 32,8%. Em euros, as vendas foram de 473 milhões no semestre, mais 11,9%, e de 237 milhões entre abril e junho, uma subida de 26,1%. Nos primeiros seis meses de 2021, a Ara abriu 41 novas lojas, "em linha com os seus objectivos de expansão".
Para o que resta de 2021, o grupo mantém as perspetivas apresentadas em março, "embora persista incerteza relativamente ao desenvolvimento da pandemia e à extensão e profundidade dos seus impactos sobre as economias em que operamos", lê-se no comunicado enviado à CMVM.
O grupo espera que seja a Polónia o país com "bases mais sólidas de incentivo ao consumo interno". Já em Portugal, a Jerónimo Martins aponta que "a retoma em 2021 está ainda muito dependente da evolução da crise sanitária, do progresso do programa de vacinação e dos seus impactos no mercado interno e na recuperação do turismo". Até ao fim do ano o grupo prevê investir 700 milhões de euros, 60% dos quais na Biedronka, isto "se as medidas de restrição que ainda possam vir a ser implementadas nos mercados em que operamos não impactarem a capacidade de execução" do plano.
As vendas consolidadas aumentaram 6,3% para 9,9 mil milhões de euros. O "forte desempenho" das vendas impulsionou a rentabilidade, refere a empresa. O EBITDA cresceu 12,6% para 715 milhões de euros. O valor de EBITDA "incluiu custos relacionados com a Covid-19 de 10 milhões de euros, que comparam com 29 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2020.
A principal insígnia do grupo, a polaca Biedronka, registou um aumento das vendas de 9,8% em moeda local, com as vendas comparáveis a subirem 7,7%. Em euros, as vendas atingiram 7 mil milhões, o que traduz uma subida de 6,8% face ao mesmo período do ano passado. "Perante um maior controlo da situação pandémica e o consequente aligeiramento das medidas restritivas registou-se o aumento das visitas às lojas. A Biedronka beneficiou de um maior número de oportunidades para interagir com os consumidores", justifica o grupo.
Olhando apenas para o segundo trimestre de 2021, o aumento das vendas em euros foi de 9,8% para 3,6 milhões. O EBITDA cresceu 6% para 624 milhões de euros. Entre janeiro e junho, abriram 53 lojas e foram remodeladas 153.
A também polaca Hebe registou um aumento das vendas de 7,3% para 123 milhões de euros. No segundo trimestre, a subida foi de 30,4% para 66 milhões. "As vendas online deram um contributo relevante para o desempenho global da Companhia", refere a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos, representando 14% do total de vendas do trimestre. "A insígnia encontra-se já a testar a entrada em novos mercados através da sua plataforma de e-commerce", revela.
Consumo "deprimido" em Portugal
Em Portugal, a empresa destaca que "o consumo manteve-se deprimido e impactado pela queda drástica da actividade turística".
As vendas do Pingo Doce ressentiram ainda o limite ao número de pessoas que podem estar dentro das lojas, bem como as restrições impostas aos restaurantes e cafés e "a baixa circulação nos centros das cidades". As vendas aumentaram 4,6% para 1,9 mil milhões de euros no semestre. No segundo trimestre a subida foi de 10,1% para 993 milhões de euros. O "dinamismo das vendas" impulsionou a impulsionar a alavancagem operacional, com o EBITDA a crescer 29,2% para 112 milhões. O Pingo Doce abriu três lojas no semestre e renovou sete.
No Recheio, as vendas foram semelhantes às do período homólogo, cifrando-se em 398 milhões de euros. Apesar de se manterem restrições na restauração e hotelaria, a insígnia beneficiou, no segundo trimestre, da reabertura dos restaurantes, da "ligeira recuperação do turismo e de uma "base de comparação mais favorável" do que o mesmo período do ano anterior, o que levou as vendas a crescer 21,1%, para 244 milhões de euros.
Na Colômbia, a Jerónimo Martins sentiu um ambiente operacional "cada vez mais difícil a partir de Abril, à medida que as restrições para controlar a pandemia intensificaram a frequência, ainda que com menor severidade que em 2020". Os protestos de maio no país também "pressionaram, em certas regiões, o funcionamento do mercado". Em moeda local, as vendas da Ara aumentaram 20,9% no semestre, e no segundo trimestre a subida foi de 32,8%. Em euros, as vendas foram de 473 milhões no semestre, mais 11,9%, e de 237 milhões entre abril e junho, uma subida de 26,1%. Nos primeiros seis meses de 2021, a Ara abriu 41 novas lojas, "em linha com os seus objectivos de expansão".
Para o que resta de 2021, o grupo mantém as perspetivas apresentadas em março, "embora persista incerteza relativamente ao desenvolvimento da pandemia e à extensão e profundidade dos seus impactos sobre as economias em que operamos", lê-se no comunicado enviado à CMVM.
O grupo espera que seja a Polónia o país com "bases mais sólidas de incentivo ao consumo interno". Já em Portugal, a Jerónimo Martins aponta que "a retoma em 2021 está ainda muito dependente da evolução da crise sanitária, do progresso do programa de vacinação e dos seus impactos no mercado interno e na recuperação do turismo". Até ao fim do ano o grupo prevê investir 700 milhões de euros, 60% dos quais na Biedronka, isto "se as medidas de restrição que ainda possam vir a ser implementadas nos mercados em que operamos não impactarem a capacidade de execução" do plano.