Notícia
Líder da Shell alerta para riscos industriais e políticos na Europa
Ben van Beurden alertou para o impacto da crise energética, alimentada pela guerra na Ucrânia, no setor industrial europeu.
23 de Outubro de 2022 às 18:49
O diretor executivo (CEO) da britânica Shell alertou este domingo, durante a assinatura de um novo projeto de gás natural no Qatar, que a Europa enfrenta riscos "industriais" e "políticos" devido à crise energética.
A Shell assumiu uma participação de 9,375% no projeto North Field South, que deverá contribuir para aumentar a produção de gás natural liquefeito (GNL) no país do Golfo nos próximos anos.
Durante a cerimónia de assinatura em Doha, o CEO da Shell, Ben van Beurden, alertou para o impacto da crise energética, alimentada pela guerra na Ucrânia, no setor industrial europeu.
O velho continente reduziu o consumo "de forma suficientemente eficaz, significativa" para enfrentar a perda de 120 milhões de toneladas de gás russo por ano, disse.
Ben van Beurden, que irá deixar o cargo no final do ano, salientou ainda que a Europa está a procurar alternativas de curto prazo, mas a solução não é apenas encontrar novos abastecimentos.
"Muita gente fala em desligar o termostato ou não ligar o ar condicionado, mas também nos questionamos por que não reduzir a produção de fertilizantes ou de determinados petroquímicos. E essa racionalização, se durar muito, torna-se permanente", afirmou.
O responsável da Shell sublinhou que se pode argumentar que "é inevitável e, de certa forma, impulsiona a renovação", mas considerou que fazê-lo "nesta escala, de forma tão abrupta, num momento de desafios económicos, colocará muita pressão nas economias europeias e talvez também no sistema político na Europa".
A Shell assumiu uma participação de 9,375% no projeto North Field South, que deverá contribuir para aumentar a produção de gás natural liquefeito (GNL) no país do Golfo nos próximos anos.
O velho continente reduziu o consumo "de forma suficientemente eficaz, significativa" para enfrentar a perda de 120 milhões de toneladas de gás russo por ano, disse.
Ben van Beurden, que irá deixar o cargo no final do ano, salientou ainda que a Europa está a procurar alternativas de curto prazo, mas a solução não é apenas encontrar novos abastecimentos.
"Muita gente fala em desligar o termostato ou não ligar o ar condicionado, mas também nos questionamos por que não reduzir a produção de fertilizantes ou de determinados petroquímicos. E essa racionalização, se durar muito, torna-se permanente", afirmou.
O responsável da Shell sublinhou que se pode argumentar que "é inevitável e, de certa forma, impulsiona a renovação", mas considerou que fazê-lo "nesta escala, de forma tão abrupta, num momento de desafios económicos, colocará muita pressão nas economias europeias e talvez também no sistema político na Europa".