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Lehman procura comprador após queda acentuada nas acções

A situação da Lehman Brothers está cada vez mais difícil, pelo que o banco norte-americano está desesperadamente à procura de um comprador, algo que nesta altura parece ser a única solução para evitar a ruptura do banco e estancar a quebra das acções. Esta semana já afundaram mais de 73%.

11 de Setembro de 2008 às 19:14
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A situação da Lehman Brothers está cada vez mais difícil, pelo que o banco norte-americano está desesperadamente à procura de um comprador, algo que nesta altura parece ser a única solução para evitar a ruptura do banco e estancar a quebra das acções. Esta semana já afundaram mais de 73%.

De acordo com a agência Bloomberg, a Lehman Brothers está já a negociar com vários interessados a venda do banco, sendo que os responsáveis de várias instituições estão já analisar as contas da companhia para tomar uma decisão.

As dúvidas sobre a sobrevivência do banco de investimento e a descida acentuada nas cotações iniciaram quando o banco falhou as negociações com uma instituição financeira estatal da Coreia do Sul para uma parceria estratégica.

Agora a Lehman já procura uma instituição para comprar a totalidade do capital do banco, mas mesmo com a queda acentuada das acções, que reduziram o seu valor em bolsa para cerca de 3 mil milhões de dólares, a tarefa não se avizinha fácil. A Goldman Sachs, maior companhia de Wall Street e que tem enfrentado de melhor maneira a crise, já alertou que sem o apoio da Reserva Federal não está interessada na compra da Lehman.

Na Europa o HSBC e o Deutsche Bank já adiantaram que dificilmente se vão aventurar neste negócio e mesmo na Ásia são escassos os bancos que demonstram interesse na Lehman.

Hoje as acções da companhia afundam mais de 40%, elevando para 73% a perda acumulada esta semana. A desvalorização de hoje deve-se ao facto de as agências de notação financeira terem ameaçado cortar o “rating” da Lehman. A Moody’s aconselhou mesmo a gestão do banco a procurar uma “forte parceria financeira”.

Se para já as agências de “rating” ficaram-se pela ameaça, os bancos de investimento rivais da Lehman foram menos piedosos. Goldma Sachs, Citigroup e Merrill Lynch reviram em baixa a avaliação e recomendações para a companhia.

O até agora quarto maior banco de investimento dos EUA anunciou ontem que vai alienar uma posição maioritária na unidade de gestão de activos, medida essencial para a sobrevivência da instituição que apresentou prejuízos de 3,9 mil milhões de dólares (2,76 mil milhões de euros), no terceiro trimestre.

Mas os analistas consideram que o mercado não vai dar tempo à Lehman para cumprir este plano.

O provável corte no “rating” vai elevar ainda mais os custos de capital da Lehman e dificultar a sua sobrevivência.

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