A JP Morgan reviu em alta o preço-alvo para a Portugal Telecom, passando de 9,3 euros para 9,5 euros, impulsionada pela melhoria da avaliação da participada PT Multimédia.

A casa de investimento internacional alterou o target da PT em 2,1%, mas não deixa de revelar que as incumbentes europeias têm um fraco potencial de valorização e refere que o desenvolvimento do cabo por banda larga na Europa representa o maior risco para as operadoras históricas europeias.

As preferências da JP Morgan recaem, no sector de telecomunicações europeu, sobre a Telefónica e Vodafone, que mostram «uma combinação atractiva de crescimento e avaliação», mantendo um «outlook» cauteloso para a Portugal Telecom, Swisscom e TeliaSonera.

Riscos para a PT passam pelo Brasil

Dos riscos inerentes à incumbente portuguesa, num estudo que analisa as operadoras de rede fixa europeias, dois prendem-se com a actividade desenvolvida no mercado brasileiro.

Na opinião da equipa de analistas liderada por Chris Wood, o aumento da pressão concorrencial no segmento móvel brasileiro deverá induzir a uma redução das margens. Além disso, a expectativa em torno de uma reacção cíclica ao crescimento económico no Brasil não se materializou, pondo em risco a expectativa de crescimento das receitas de longo-prazo.

O esforço concorrencial da Vodafone (rival da TMN, o braço da PT para as comunicações móveis) e os desenvolvimentos em Espanha esperados para a segunda metade do ano constituem os maiores riscos para a PT em Portugal.