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Irmãos Martins erguem a primeira torre de escritórios de Timor

A Estia, "holding" imobiliária dos irmãos Martins (dupla fundadora da Martifer), vai promover a construção de uma torre de escritórios no centro da capital timorense. Será o primeiro edifício moderno para comércio e escritórios a ser construído no país, garante o grupo português.

23 de Novembro de 2009 às 00:01
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A Estia, "holding" imobiliária dos irmãos Martins (dupla fundadora da Martifer), vai promover a construção de uma torre de escritórios no centro da capital timorense. Será o primeiro edifício moderno para comércio e escritórios a ser construído no país, garante o grupo português.

Com uma área de construção de 13 mil metros quadrados, o projecto contempla 10 pisos para escritórios, um de comércio (ocupando o rés-do-chão) e dois de estacionamento. Chamar-se-á Vision e está orçado em 43 milhões de dólares australianos (cerca de 26,6 milhões de euros).
O Vision irá nascer no cruzamento da Rua Formosa com a Avenida Bispo de Medeiros, no centro nevrálgico de Díli. "Entre os edifícios mais próximos estão o palácio do governo, o parlamento, o Banco Mundial, a embaixada de Portugal, a Casa Europa, a Universidade Nacional de Timor-Leste, o Banco Mundial, a Caixa Geral de Depósitos e o Estádio Nacional", lê-se na brochura de apresentação do empreendimento.

"Como primeiro projecto da sua dimensão, o Vision constituirá um acontecimento arquitectónico único na cidade de Díli. As suas imponentes fachadas de vidro passarão também a devolver à cidade o reflexo da sua beleza, espelhando a Sul as montanhas protectoras e, a Norte, o azul do mar para quem passa na baía ou chega de barco à cidade", enfatiza ainda a mesma brochura. Os promotores garantem também que o Vision "será um edifício auto-suficiente no que respeita a serviços como fornecimento de energia e abastecimento de água, e contará com um sistema independente de saneamento, já preparado para uma futura ligação à rede de saneamento público".

Estia com a australiana Wideform

A "holding" Estia, que é controlada em partes iguais pela MTO (dos irmãos Martins) e pelo Finibanco, não quis prestar quaisquer esclarecimento sobre esta matéria. Contactado o escritório da Estia em Timor, um responsável local adiantou ao Negócios que "o projecto está em fase final de licenciamento e a construção deverá arrancar provavelmente em Janeiro".

Para desenvolver este projecto, a Estia firmou uma "joint venture" com a construtora australiana Wideform, que é presidido pelo português Fernando Ferreira. Trata-se de um grupo que a revista "Business Review Weekly" listou, em 2007, entre as 300 maiores empresas privadas da Austrália, sendo considerada a maior de cofragem e apontada como uma das 25 melhores empresas de construção deste país-continente.

As origens do grupo Wideform remontam ao ano da Revolução dos Cravos em Portugal, quando Fernando Ferreira emigrou para a Austrália. Fundou então, em 1974, a "Wollongong Formwork Pty Ltd", com apenas três trabalhadores. Hoje emprega cerca de 800 pessoas.
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