Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

IPIC é um parceiro com “visão de longo prazo”

António Mexia, CEO da EDP, diz que a parceria com a IPIC permite potenciar o crescimento da EDP, assinalando que a empresa árabe é um accionista com visão de “longo prazo” o que o diferencia de outros fundos soberanos. Uma visão partilhada por António Alm

10 de Abril de 2008 às 21:24
  • ...

António Mexia, CEO da EDP, diz que a parceria com a IPIC permite potenciar o crescimento da EDP, assinalando que a empresa árabe é um accionista com visão de "longo prazo" o que o diferencia de outros fundos soberanos. Uma visão partilhada por António Almeida.

"Há duas questões essenciais na estratégia da EDP. Um crescimento rentável e isso é claro com os resultados operacionais superiores em 14% ao do último exercício, que garantem o crescimento do futuro e a consolidação da base accionista", disse Mexia aos accionistas, depois da AG da eléctrica.

Assinalou que "esta parceria vem neste contexto de potenciar o crescimento, trazendo aquilo que a companhia não tem"; destacando que "a entrada da IPIC no capital foi aprovada por todos os accionistas da EDP".

Para António Mexia, "a aliança dá capacidade de actuação e mais força para fazer a diferença. Dentro da estratégia de expansão da EDP investimos 1,4 mil milhões em 2006, vamos investir 2,7 mil milhões de euros em 2008, mais a Horizon, e temos hoje melhores rácios e uma solidez financeira maior do que tínhamos antes destes investimentos".

O CEO da EDP afirmou que "a nossa lógica de parcerias é sempre de complementaridade para reforçar as competências da companhia e trazer algo de novo. A nossa postura face a novos parceiros foi sempre a de não termos tabus".

Adiantou que " a Sonatrach vai ser um exemplo a nível internacional, marcando uma forma diferente de fazer negócios no gás. Com a parceria com a EDP, o IPIC vai sair do sector tradicional (petróleo) e buscar competências na área de produção de electricidade, tanto a partir de fontes convencionais, como renováveis".

A relação à posição accionista entre os actuais 2% e os 5% que o IPIC pode atingir, Mexia adianta que é um objectivo "coerente". "2% é o mínimo para assegurar uma participação qualificada e 5% o máximo devido às limitações de voto determinadas pelo acordo parassocial".

"Conheço o IPIC há muitos anos de funções anteriores. Sempre foi um parceiro que quis ter, por se distinguir de outros fundos soberanos, pela visão de longo prazo que tem para os investimentos que faz. Está por exemplo na Cepsa há mais de 20 anos", referiu.

António Almeida diz que parceria é "óptima"

António Almeida, presidente do Conselho Geral, considera que a "nova parceria é óptima. O IPIC é um accionista estável com visão de muito longo prazo. Vem reforçar o núcleo accionista e dar estabilidade".

Há vantagens para as duas empresas. A EDP tem o ‘know how’ na produção de energia convencional e também nas renováveis e o IPIC tem dinheiro e vontade de investir.

"Ontem foi assinado o acordo, agora vão começar as negociações para aprofundar a parceria. Ninguém sabe quando estaremos em condições de fechar o acordo", disse António Almeida, assinalando que "pode levar meses como no caso da Sonatrach".

Referiu que "esta aproximação começou a ser trabalhada há vários meses e teve um desenvolvimento muito acelerado nos últimos dias. O presidente do IPIC esteve na segunda-feira em Lisboa e tudo se desenvolveu na terça-feira".

Adiantou que "neste momento não há nenhum movimento para encontrar um novo parceiro. Enquanto o Estado mantiver 20% na EDP, o núcleo duro de accionistas está assegurado. A EDP está preparada para se o Estado vier a reduzir, se bem que uma redução na ordem dos 5% já poderia ser complicada".

António Almeida esclareceu que "há a possibilidade do IPIC elevar a posição até aos 5%, mas "não há compromisso temporal para que isso aconteça. Sabemos que eles estão muito interessados em alcançar essa posição".

A Iberdrola votou favoravelmente todos os pontos da ordem de trabalhos da AG, naturalmente que nas eleições para o Conselho Geral e de Supervisão a eléctrica espanhola, que tem 9,5% da EDP absteve-se, o que pode ser interpretado como um voto de coerência", disse António Almeida.

Todos os pontos da AG foram aprovados com os votos de mais de 90% do capital presente, sendo que esteve representado 58% do capital.

Outras Notícias
Publicidade
C•Studio