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Investimento da Jerónimo Martins vai triplicar produção de leite em Portalegre

O grupo pretende adquirir a fábrica da Serraleite para assegurar a transição até o seu investimento de 40 milhões numa nova unidade de processamento de leite estar operacional, no primeiro trimestre de 2017.

Reuters
30 de Janeiro de 2015 às 19:53
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A companhia Jerónimo Martins, que a 22 de Janeiro comunicou à Autoridade da Concorrência a sua intenção de adquirir a fábrica da Serraleite – Cooperativa Agrícola de Produtores de Leite de Portalegre, prevê vir a produzir 100 milhões de litros de leite por ano quando o seu projecto industrial em Portalegre – que inclui ainda uma nova unidade – estiver concluído, em 2017.

 

Em resposta escrita ao Negócios sobre os pormenores da compra da unidade da Cooperativa de Portalegre, conhecida esta sexta-feira por anúncio publicado pela Autoridade da Concorrência, fonte oficial da Jerónimo Martins esclareceu que "a aquisição por trespasse da unidade industrial da Serraleite, que inclui os seus trabalhadores, não é uma novidade, uma vez que já era parte integrante dos termos do acordo celebrado com a Cooperativa Serraleite, em Dezembro de 2014".

 

A 23 de Dezembro de 2014, a Jerónimo Martins, a Serraleite e a Câmara Municipal de Portalegre formalizaram "acordos que enquadram o investimento do grupo [JM]" naquele distrito alentejano "que se prevê possa atingir os 40 milhões de euros", pode ler-se no comunicado então emitido.

 

Esta sexta-feira, dia 30 de Janeiro, fonte oficial da JM – que não detalhou o valor do negócio agora anunciado com a Serraleite – acrescentou contudo que a operação conhecida pelo anúncio da Concorrência "destina-se apenas a gerir a continuidade da operação no período de transição, até a nova fábrica estar pronta para operar". A nova unidade "a construir de raiz pela Jerónimo Martins Lacticínios" está previsto "que seja inaugurada no primeiro trimestre de 2017, representando um investimento estimado de 40 milhões de euros", confirmou.

 

"Esta nova unidade fabril permitirá triplicar a capacidade de produção da fábrica (para 100 milhões de litros por ano) actualmente operada pela Serraleite, que está claramente subdimensionada para as necessidades do grupo (Jerónimo Martins], não sendo possível a sua expansão", explicou ainda fonte oficial da companhia de distribuição, dona do Pingo Doce, Recheio e Biedronka (na Polónia).

 

A empresa que ficará com o desenvolvimento do projecto é a Jerónimo Martins ­- Lacticínios de Portugal SA (JML), quer na vertente de compra dos activos da Serraleite, quer na componente de investimento futuro dos 40 milhões de euros acima mencionados.

 

A JML é "detida actualmente a 100% pela Jerónimo Martins Agro-Alimentar", liderada pelo antigo ministro da Agricultura, António Serrano. Como a JM Agro-Alimentar, a JML "foi criada em Abril de 2014" e "com um capital social de 50 mil euros".

 

"A Cooperativa Serraleite assegurará o abastecimento da fábrica ao nível da matéria-prima. Considerando o aumento da capacidade produtiva, o escoamento da produção leiteira dos actuais associados da cooperativa estará assegurado e haverá, certamente, espaço para outros produtores se associarem à Cooperativa", ganatiu ainda a mesma fonte. "Para além disto, a Serraleite terá uma participação no capital da JML".

 

"Esta operação de trespasse da unidade fabril" concluiu fonte oficial da JM, "não terá impacto nas relações comerciais da Serraleite", garante. "A nova unidade fabril da JML garante a produção e fornecimento à cooperativa da marca Serraleite" e a marca Serraleite irá manter-se "na propriedade da cooperativa sendo esta a responsável pela sua comercialização".

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