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Investimento em análise pela AICEP "continua a subir"

Em Fevereiro, a AICEP tinha anunciado que estava a acompanhar cerca de 30 potenciais projectos de centros de serviços em Portugal, que se poderiam traduzir na criação de mais de 5.000 empregos.

Bruno Simão/Negócios
02 de Maio de 2018 às 07:44
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O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) faz um balanço "positivo" do primeiro ano de mandato à frente da entidade e sublinha que o investimento em análise ('pipeline') "continua a subir".

 

Luís Filipe de Castro Henriques assumiu a presidência da AICEP em 17 de Abril de 2017 e em entrevista à Lusa fez "um balanço muito positivo", porque a agência conseguiu "lançar todas as iniciativas" que pretendia, no âmbito do Plano Estratégico 2017-2019.

 

Questionado sobre o valor avançado em Março de 2.300 milhões de euros de projectos em 'pipeline', Luís Castro Henriques afirmou: "O 'pipeline' continua a subir, graças a Deus".

 

Ou seja, "temos um valor um bocadinho superior", disse, sem adiantar montantes.

 

"Temos tido alguns desenvolvimentos positivos, mas é um 'pipeline' em crescimento", acrescentou, salientando que existe um "acréscimo muito relevante em projetos de I&D [investigação e desenvolvimento]", o que é "manifestamente uma tendência imensurável e muito positiva para o país".

 

Em Fevereiro, a AICEP tinha anunciado que estava a acompanhar cerca de 30 potenciais projectos de centros de serviços em Portugal, que se poderiam traduzir na criação de mais de 5.000 empregos.

 

"É óbvio que dentro deste 'pipeline' nem tudo é convertido, porque isto é um jogo altamente competitivo pelo mundo fora, não só a nível europeu", disse, sublinhando que, das projecções que tinham para criação de postos de trabalho nos próximos 18 meses, já foi concretizado quase 20%.

 

"Acredito que até ao final do ano continuaremos com esta tendência muito positiva", considerou.

 

O tema dos centros de serviços, apontou, "representa manifestamente uma diversificação do ponto de vista de angariação de investimentos em relação" ao que existia anteriormente, como também demonstra que "sofisticação" dos mesmos "é cada vez maior".

 

Actualmente, "não só já temos áreas 'core' [de centros de serviços], em que as empresas decidem localizá-las em Portugal", como "acima de tudo" é uma "sofisticação cada vez maior à procura de gente mais qualificada", afirmou.

 

Isto representa "uma mudança de paradigma que nos parece não só sustentável, mas acima de tudo uma tendência irreversível muito positiva também para o país. E noto que o factor é sempre o mesmo: talento, talento, talento", salientou.

 

Sobre se é expectável ter anúncios em breve relativos a investimento, o presidente da AICEP afirmou: "É preciso trabalhar com o calendário das empresas, não é um trabalho de picos, é um esforço contínuo com estes investidores que escolhem Portugal ou que estão em vias de escolher Portugal".

 

Por isso, "acredito que sim, com um 'pipeline' cada vez maior, mais novidades teremos. Esse é o nosso trabalho e esperemos que surjam notícias até final do ano", disse.

 

O presidente da AICEP destacou os valores conseguidos "à volta do investimento" como "também a diversificação" do mesmo, que não assenta apenas na indústria, mas passa agora por centros de serviços, de engenharia e de 'software'.

 

Comparando o Portugal 2020 com o QREN, "o montante do investimento afecto a centros de I&D, que são organizações sofisticadíssimas e que competem pelo mundo fora, duplicou, mas se consideramos os que fazem o centro I&D em parcerias com universidades portuguesas quadruplicou", afirmou.

 

Esta tendência demonstra que "há um conjunto cada vez mais alargado de investidores a olhar para Portugal como destino do mais sofisticado que há no mundo, competir em centros de I&D é um jogo claramente de I Liga", salientou Luís Castro Henriques.

 

O segundo aspecto, que considerou "muito relevante", é o facto de as grandes empresas escolherem as instituições universitárias portuguesas para parcerias, o que demonstra o "valor" das universidades portuguesas.

 

"Porque estas empresas podem fazer parcerias com qualquer universidade do mundo, são elas que investem e que são normalmente o motor do desenvolvimento", apontou, salientando o talento português, que afirmou ser o "primeiro isco" para atrair as empresas para Portugal.

 

"Estas grandes empresas não fariam centros de I&D" que criam produtos e desenvolvem conhecimento em Portugal "se não tivéssemos talento do melhor que há no mundo", acrescentou.

 

Das 21 iniciativas globais do Plano Estratégico, 17 já estão em implementação.

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