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Investidores voltam a olhar para imobiliário em Portugal

O mercado português de investimento imobiliário promete reanimar nos próximos meses, depois de um primeiro semestre marcado por poucas transacções e por valores médios mais baixos.

23 de Setembro de 2009 às 00:01
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O mercado português de investimento imobiliário promete reanimar nos próximos meses, depois de um primeiro semestre marcado por poucas transacções e por valores médios mais baixos. “No primeiro semestre tivemos um ‘não mercado’. Para o segundo semestre esperamos a volta de algum mercado normal, com transacções de um valor médio de 20 milhões de euros”, comenta Luís Rocha Antunes, director da área de investimento da Cushman & Wakefield.

O interesse dos investidores, principalmente fundos abertos alemães, está a renascer. Segundo Luís Rocha Antunes, estes ‘players’ têm manifestado interesse sobretudo por edifícios de escritórios, mas também por armazéns e centros comerciais. Hotéis estão fora dos planos. Ontem, na apresentação do relatório Marketbeat, que chegou à 13ª edição, o director da Cushman & Wakefield, Eric van Leuven, revelou que a sua equipa está a negociar investimentos em Portugal que poderão atingir os 750milhões de euros.

Ainda que nem todo este montante possa ser efectivamente aplicado, é uma verba significativa. No primeiro semestre, o mercado português movimentou 150 milhões de euros em aquisições de activos. “Um valor muito baixo”, notou a responsável de “research” desta consultora, Marta Leote.

A Worx, outra consultora imobiliária, divulgou ontem um número diferente (210 milhões de investimento no primeiro semestre), mas o cenário é idêntico. “É expectável que algumas das operações que tenham vindo a ser preparadas durante o primeiro semestre de 2009 se concretizem durante o segundo semestre”, comentou Pedro Rutkowski, CEO da Worx.

Os capitais alemães poderão ser a chave. “Os fundos abertos alemães estiveram parados até Junho. De Junho para cá têm comprado activos na Europa e a boa notícia é que alguns deles já olham para Portugal”, afirmou Luís Rocha Antunes, da Cushman & Wakefield. Porém, é ainda cedo para dizer com que taxas de retorno os próximos negócios serão fechados. Eric van Leuven lembra que, para os promotores de novos projectos, “ir buscar dinheiro à banca está difícil e caro”. O que não é necessariamente mau. “A crise vai proteger de si próprios os promotores imobiliários de projectos que não fazem falta”, assinala.

Por outro lado, para quem quer comprar activos existentes há alguma liquidez. “Nos últimos meses recebemos visitas de investidores oportunistas, nomeadamente americanos, que vinham à procura de pechinchas, mas não havia proprietários desesperados para vender”, contou Eric van Leuven. A situação da própria empresa espelha o panorama. Ainda há uns meses esta consultora trabalhava com horários reduzidos, solução encontrada para não despedir pessoal. Há 15 dias, os planos foram revistos em alta, com um cenário “claramente muito menos negativo do que no início do ano”, disse o director-geral.





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