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Ibersol agrava prejuízos em 75% no primeiro trimestre para 15,7 milhões

A empresa que explora espaços de restauração de marcas como a KFC, Burger King ou Pizza Hut viu os prejuízos trimestrais aumentarem de cerca de 9 milhões de euros para 15,7 milhões devido à pandemia.

Ibersol
31 de Maio de 2021 às 19:51
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A Ibersol encerrou o primeiro trimestre deste ano com prejuízos de 15,72 milhões de euros, um agravamento de 6,7 milhões (ou 75,05%) face às perdas de 8,98 milhões de euros registadas nos primeiros três meses de 2020, anunciou em comunicado divulgado junto da CMVM a empresa que explora restaurantes de marcas como a Burger King, KFC ou Pizza Hut.

Já o volume de negócios ascendeu a 55,7 milhões de euros, uma quebra de 41,4% face ao período homólogo do ano passado (95 milhões de euros). As vendas na restauração – responsáveis pelo grosso da faturação da empresa – caíram 40,7% para 54,6 milhões de euros.

 

"No início do primeiro trimestre de 2021 foi decretado um novo confinamento, do que resultou um novo período de encerramento dos restaurantes e limitações à prestação de serviços de delivery, take away e drive-thru, permanecendo a 31 de março encerrados cerca de 25% do total dos restaurantes operados pela Ibersol", refere a empresa no seu comunicado das contas.

 

"Apesar do agravamento das restrições à mobilidade, no âmbito do combate à terceira vaga da pandemia da covid-19, este segundo confinamento geral teve impactos menos expressivos dos que ocorreram em março de 2020, verificando-se porém perdas e ritmos de recuperação com comportamentos distintos, consoante a geografia e o peso dos segmentos operados em cada um deles", acrescenta.

 

A Ibersol sublinha que "o segmento de concessões e catering continuou a apresentar maiores dificuldades de recuperação, resultantes da redução da mobilidade das pessoas que penalizam o canal de Travel e das limitações impostas à aglomeração em eventos no canal de catering, com o cancelamento e adiamento da generalidade dos mesmos".

 

Os restaurantes localizados nos aeroportos continuaram a ser fortemente penalizados pela redução dos tráfegos aéreos, aponta a empresa.

O EBITDA consolidado da Ibsersol foi de 7,2 milhões de euros entre janeiro e março, o que correspondeu a uma redução de 51,5% face ao período homólogo de 2020.

 

Por seu lado, o resultado operacional consolidado no final dos primeiros três meses atingiu o valor de -14,1 milhões de euros, que compara com o registado em igual período de 2020 no montante de -6,4 milhões de euros. "O novo confinamento geral, que determinou o encerramento dos restaurantes e se prolongou até meados de abril, voltou a penalizar o desempenho operacional, não tendo sido possível ajustar a totalidade das rubricas de custos à redução de vendas, o que conduziu inevitavelmente a aumentos do peso das mesmas e inerente perda de rentabilidade", diz o documento das contas.

 

Já a margem bruta foi de 74,1% do volume de negócios, 0,8 pontos percentuais inferior à do ano anterior (1º trimestre 2020: 74,8%), "evidenciando os efeitos de uma operação limitada a conceitos de maior agressividade comercial e com limitações na venda de bebidas".

 

Os custos com pessoal reduziram-se em 42,7%, tendo o peso desta rubrica passado a representar 37,9% do volume de negócios (1.º trimestre 2020: 38,7%).

 

"No decurso deste primeiro trimestre, e para conciliar a redução da atividade e a proteção dos empregos, as empresas do grupo aderiram ao ERTE e layoff simplificado em Espanha e Portugal e ao programa de Apoio à Retoma Progressiva, ao abrigo dos quais resultaram apoios no valor de 4,3 milhões de euros", refere.

 

Quanto às perspetivas para o futuro, a Ibersol diz manter os planos de prevenção/contingência ativados e que "recorrerá, sempre que possível, aos mecanismos de proteção dos postos de trabalho disponíveis que permitam minimizar os impactos negativos para o grupo e seus colaboradores, apesar de tudo indicar que entraremos numa fase mais positiva em que se verificará um maior controlo dos efeitos da pandemia".

 

"Adicionalmente à abertura de um restaurante Burger King concretizada no primeiro trimestre, daremos continuidade aos planos de expansão das marcas e formatos, que maior resiliência tem demonstrado neste período, com a abertura de 20 novos restaurantes", aponta.

 

A empresa refere ainda que, "para garantir uma estrutura financeira adequada", prosseguirá as negociações com as instituições bancárias "no sentido de reforçar os capitais de médio e longo prazo".

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