Segundo comunicado da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo), as previsões de lucros para as transportadoras aéreas, revistos em alta nos 8,9 mil milhões de dólares (6,8 mil milhões de euros) devem-se a uma “procura crescente” a par de uma”disciplinada gestão de capacidade” e à manutenção de custos em níveis “estáveis”.

Apesar disso, o director-geral da IATA, Giovanni Bisignani, dá conta de uma recuperação da indústria “maior do que qualquer previsão já feita”, mas adverte para “dúvidas” em relação à “sustentabilidade” do pico na indústria. “Está em curso um regresso à realidade”.

As companhias aéreas europeias viram as suas perdas revistas, de 2,8 mil milhões de dólares de acordo com as previsões de Junho para uns 1,3 mil milhões (994 milhões de euros) em Setembro. A IATA considera estas melhorias fruto da “moeda em baixa”, estimuladora das exportações e do ramo do transporte aéreo de mercadorias.

A IATA prevê lucros gerais para 2010 a orçar os 560 mil milhões de dólares (428,4 mil milhões de euros) , “mais 15 mil milhões do que o previsto”.

Todos os continentes registaram melhorias, excepto o continente africano, com as perspectivas anteriores de lucros de 100 milhões de dólares inalteradas.

Para 2011, a IATA prevê uma recuperação “mais lenta” no primeiro semestre, com o fim das “ajudas governamentais”, segundo Bisignani, e com a queda no consumo norte-americano e europeu.

Já nos mercados asiáticos, da América Latina e do Médio Oriente, o mercado continuará em crescimento, mas insuficiente para manter este ritmo de crescimento mundial