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Humor em torno de crise política já chegou ao marketing das empresas

A crise política instalou-se após a demissão do primeiro-ministro, António Costa, mas pela internet foi razão para piadas. E houve também equipas de marketing que viram uma oportunidade e arranjaram forma de capitalizá-la.

Lisboa arrecadou 33 milhões com a taxa turística em 2022.
João Cortesão
11 de Novembro de 2023 às 10:00
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A demissão de António Costa como primeiro-ministro mergulhou o país numa crise política e os internautas não perderam a oportunidade para brincar com o assunto. Até aqui, nada de novo. Mas agora até as empresas surfaram a onda e o humor deu origem a novas campanhas de marketing.

"Em todas as crises, existe uma grande oportunidade", já dizia o físico alemão Albert Einstein. E terá sido esta a lógica que marcas como a Telepizza seguiram.

A cadeia de restaurantes aproveitou as imagens televisivas que mostram a entrega de uma pizza na casa de João Galamba, ministro das Infraestruturas, para capitalizar o momento. "Há segredos e segredos… o nosso está na massa", escreveu, numa altura em que o governante é um dos arguidos da Operação Influencer por, segundo a indiciação do Ministério Público, ter exercido pressão política e influenciado decisões que beneficiaram a empresa Start Campus.




E a Telepizza não foi caso único. Também a livraria online Saída de Emergência não perdeu a oportunidade. Numa altura em que o dinheiro encontrado em envelopes e livros no escritório do chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária - também arguido na Operação Influencer - é um dos temas mais quentes, a empresa escreveu: "Vimos por este meio declarar que todos os nossos livros trazem no seu interior uma verba simbólica de 75 mil euros".



A criatividade chegou também às rádios, com a Comercial a RFM a criarem músicas relacionadas com a demissão de Costa e a investigação judicial. 

Esta é uma estratégia que está a crescer, mas que não está isenta de riscos, afirma Daniel Sá, diretor-executivo do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM), ao Negócios.


"Tem-se visto um aumento destas situações, em que as marcas aproveitam para comentar ou fazer humor à volta [de certos temas do dia a dia]. Se faz sentido? Tenho muitas dúvidas", assume. 

Para o especialista esta "é uma jogada que pode funcionar, mas que tem riscos e que pode sair ao contrário".




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