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Hovione injecta capital em próteses do membro inferior

A capital de risco Hovione Capital decidiu investir na Adapttech, uma "start-up" do Porto que detém uma tecnologia que pretende melhorar a adaptação de próteses em amputados do membro inferior.

03 de Junho de 2016 às 13:16
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Em Outubro do ano passado, a portuguesa Hovione, que actua no sector químico produzindo princípios activos para a indústria farmacêutica, revelou que tinha cinco milhões de euros para investir em "start-ups" na área da saúde, valor que poderia ascender a 20 milhões de euros em ano e meio.

A capital de risco Hovione Capital apontava então como prioridade o investimento "em ‘start-ups' portuguesas, idealmente com produtos e processos patenteados com necessidade de financiamento inicial na ordem dos 100 mil a 250 mil euros".

Hoje, 3 de Junho, a Hovione Capital anunciou a entrada no capital da Adapttech, uma "start-up" fundada por dois antigos alunos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, com tecnologia que pretende melhorar a adaptação das próteses em amputados do membro inferior.  

"Baseada em modelação em 3D, visão por computador e um sistema de sensores colocados na pele, o sistema recolhe informação - de pressão, movimento, atrito e temperatura na zona de contacto -, e informa em que zonas é que a prótese deve ser modificada, permitindo assim maior conforto e a redução do tempo de adaptação à prótese", explicam a Hovione e a Adapttech, em comunicado enviado às redacções.

O objectivo é "proporcionar um período de adaptação a novas próteses mais rápido e com menos visitas aos centros de próteses", realça Frederico Carpinteiro, CEO da Adapttech.

Quanto a este investimento, Carpinteiro considera que "a Hovione Capital é o melhor investidor que a Adapttech poderia ter encontrado em Portugal. São uma referência na área dos dispositivos médicos e sabemos que nos vão ajudar a definir um plano e a executá-lo da melhor forma", sublinha.

Já Peter Villax, CEO da Hovione Capital, afirma que "projectos como a Adapttech são exemplo do tipo de ‘start-up’" onde a capital de risco que lidera quer investir – "um produto interessante e inovador, um mercado importante mas sobretudo uma equipa de jovens muito promissores", enalteceu.

Também o Programa Carnegie Mellon Portugal, que acolheu a Adapttech na iniciativa inRes, vê "com muita satisfação e orgulho" este desenvolvimento. "A parceria agora formalizada com a Hovione Capital, o investidor líder focado nas ciências da saúde em Portugal, traz ao projecto um contributo excepcional de ‘smart capital’, que será determinante para levar ao mercado com êxito a solução inovadora criada pela Adapttech", refere João Claro, director do Programa CMU Portugal.

A Hovione Capital apresenta-se como uma sociedade de capital de risco, exclusivamente dedicada à identificação, selecção, apoio e investimento em projectos na área dos dispositivos médicos, registos de saúde electrónicos e soluções de monitorização de doenças crónicas.

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