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Hovione investe 50 milhões de euros e cria 360 postos de trabalho nos próximos três anos

A empresa portuguesa Hovione concluiu com sucesso a emissão de 40 milhões de euros em obrigações que vão servir para financiar um investimento de 50 milhões de euros que vai permitir criar 360 novos postos de trabalho até 2018.

02 de Outubro de 2015 às 20:37
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"Estes 40 milhões de euros foram levantados para financiar 50 milhões de euros de investimentos em capital fixo que vamos fazer em Portugal tanto em áreas de investigação, como em áreas de produção", afirmou à agência Lusa Guy Villax, presidente executivo da Hovione. E realçou: "Os investimentos que fazemos cá, nos próximos três anos, criam 360 postos de trabalho".

 

Guy Villax falava à margem da cerimónia do toque do sino nas instalações da gestora da bolsa portuguesa, a Euronext Lisboa, tendo referido que a empresa do sector químico emprega actualmente um total de 1.300 pessoas, mais de 700 delas em Portugal.

 

"Só este ano criámos 92 postos de trabalho em Portugal, e é pessoal altamente qualificado. E lá fora [nos Estados Unidos EUA], uns 100", sublinhou. "Temos um investimento programado de 25 milhões de euros nos próximos 18 meses nos EUA, que é financiado localmente, para duplicar a capacidade que lá temos de investigação", revelou.

 

Por cá, a empresa que foi fundada em 1959 por três húngaros e tem sede em Loures (continuando o capital nas mãos da família Villax) vai investir 50 milhões de euros no desenvolvimento de um centro de pesquisa e em material altamente sofisticado para introduzir tecnologias novas em processos de fabrico.

 

Questionado se esta primeira incursão da Hovione no mercado de capitais, no caso, no segmento obrigacionista, pode ser um primeiro passo para uma eventual admissão à cotação em bolsa, Guy Villax respondeu que não é esse o cenário que está em cima da mesa.

 

"Se os clientes achassem que era fundamental termos uma dimensão do dobro ou do triplo, ou se houvesse oportunidades de crescimento não orgânico invulgares, eventualmente. Mas eu acho que os nossos clientes preferem lidar com empresas que não têm preocupações de apresentar resultados ao trimestre, preferem empresas empenhadas em desenvolver tecnologias para o longo prazo", sublinhou. E reforçou: "A nossa estrutura fica mais encaixada permanecendo como uma empresa privada".

 

Ainda assim, vincou que as necessidades de investimento da Hovione "são grandes e têm que ser cada vez mais planeadas a prazo", até porque a empresa química, que exporta para 40 países e facturou no último ano fiscal (terminado em Março) mais de 200 milhões de euros, está "a crescer na ordem dos 10% por ano há dez anos e as perspectivas são de continuar a crescer ao mesmo ritmo".

 

Quanto à emissão de obrigações, o responsável considerou que foi "um sucesso", destacando a maturidade longa (oito anos) dos títulos, que é "fundamental", porque o ciclo de negócio da empresa química é bastante longo e para diversificar as suas fontes de financiamento, que estavam até agora dependentes do crédito bancário. "Podemos estar a fazer investigação durante cinco, seis ou sete anos, e depois temos investimentos para a comercialização dos produtos. Por isso, é importante ter capital permanente, sólido", finalizou.

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