Notícia
Hovione põe em marcha cinco milhões para apoiar investigação em Portugal
A farmacêutica portuguesa apresentou os três primeiros projectos do Programa 9ºW.
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A Hovione pôs nesta quarta-feira em marcha o Programa 9ºW com a apresentação dos três primeiros projectos que beneficiarão da linha de cinco milhões de euros que a farmacêutica portuguesa pôs ao dispor da comunidade académica para o desenvolvimento, nos próximos três anos, de projectos inovadores que permitam dar resposta a desafios da empresa e do sector.
"Uma boa parte do sucesso da Hovione é devido à qualidade dos diplomados que saem das nossas faculdades; o passo que estamos a dar é mais outra forma de transformar em valor e emprego a grande diversidade e profundidade de saber que encontramos nas nossas instituições de ensino", afirmou Guy Villax (na foto), administrador-delegado da empresa, ao explicar que esta é a primeira vez que a Hovione monta um processo de mobilização do conhecimento das instituições académicas para resolver problemas concretos na sua actividade industrial.
Nesta primeira fase, a Hovione propõe-se desenvolver um laboratório de química analítica "dotado do mais moderno equipamento na própria instituição de ensino, para criar o ambiente de trabalho que permita desenvolver o saber fazer e os comportamentos certos". Outro dos projectos que vai também já avançar é um curso de formação de analistas químicos. "Há grande escassez de técnicos de química analítica pelo mundo fora. O impacto da mão-de-obra altamente qualificada irá reforçar, de forma significativa, a competitividade da empresa a nível global" e "a empregabilidade de jovens qualificados", antecipa Guy Villax.
O processo de selecção ao programa 9ºW encontra-se aberto por quinze dias no site da empresa. O programa foi designado de 9ºW, a longitude de Lisboa, seguindo a ideia do Longitude Prize e remetendo para o facto de a aferição da longitude ter sido provavelmente a única grande inovação em navegação de alto-mar de que Portugal não foi autor.
A Hovione investiga e desenvolve novos processos químicos e produz princípios activos para a indústria farmacêutica mundial. Emprega mundialmente 1400 pessoas, das quais 750 em Portugal, sendo o maior empregador privado de doutorados em Portugal (44) e tem presentemente sete programas de doutoramento na empresa. É em Portugal que leva a cabo as suas actividades de investigação e desenvolvimento, nas quais emprega 220 técnicos e cientistas.