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Holanda injecta 10 mil milhões no ING
O ING, maior banco da Holanda, vai receber uma injecção de capital de 10 mil milhões de euros do Estado holandês, depois da instituição financeira ter alertado na sexta-feira que tinha registado prejuízos de 500 milhões de euros no terceiro trimestre, o que levou as acções a afundarem em bolsa.
O ING, maior banco da Holanda, vai receber uma injecção de capital de 10 mil milhões de euros do Estado holandês, depois da instituição financeira ter alertado na sexta-feira que tinha registado prejuízos de 500 milhões de euros no terceiro trimestre, o que levou as acções a afundarem em bolsa.
O ING vai vender ao Estado holandês acções preferenciais sem direito de voto equivalentes a 10 mil milhões de euros, sendo que esta injecção de capital não vai diluir as posições dos accionistas actuais. Estas acções vão conferir ao Estado holandês um juro anual de 8,5%, anunciou o ministro das Finanças da Holanda, Wouter Bos.
O ING não vai pagar a última parcela do dividendo anual e consegue elevar o rácio Core Tier I para 8%, depois da injecção de 10 mil milhões de euros.
O Governo holandês nomeia dois representantes para o Conselho de Supervisão do ING e passa a ter uma palavra a dizer na definição dos salários do banco. O CEO do ING, Michel Tilmant, destacou o facto de o ING não ter sido nacionalizado com esta medida.
No início deste mês o Governo holandês tinha já comprado as unidades locais do Fortis e do ABN Amro por 16,8 mil milhões de euros.
As injecções de dinheiros públicos nos bancos estão a acontecer um pouco por todo o mundo, desde os EUA ao reino Unido, passando pela Dinamarca, Islândia, Bélgica e França.
As acções do ING afundaram mais de 20% na sexta-feira, perante rumores de que o banco precisava de ajuda do Governo, o que levou o banco a anunciar antecipadamente que tinha registado prejuízos de 500 milhões de euros no terceiro trimestre.
Quanto às acções a emitir que serão compradas pelo Estado holandês, o ING tem a opção de as recomprar a qualquer altura, sendo que terá que pagar mais 50% do que o valor a que estas são emitidas (10 euros).
O ING, cujas origens remontam a 1743, aceitou suspender o pagamento de bónus aos gestores. “Não somos um grande accionista, mas vamos ter muitos direitos como se fossemos um grande accionista”, disse o ministro holandês.