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Há mais uma farmacêutica a querer engordar lucros com a obesidade
A Zealand Pharma é a nova protagonista no mercado dos medicamentos antiobesidade onde quer roubar protagonismo à Novo Nordisk e Eli Lilly,
A Zealand Pharma é a nova protagonista no mercado dos medicamentos antiobesidade onde irá competir com a Novo Nordisk e a Eli Lilly.
A biotecnológica dinamarquesa, que opera também nos Estados Unidos e tem uma capitalização bolsista de 4 mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros), iniciou o desenvolvimento de tratamentos alternativos aos famosos Ozempic, Wegovy e Mounjaro.
Em Portugal, o Ozempic só é vendido com receita médica e o Wegovy e o Mounjaro ainda não estão disponíveis no mercado nacional.
Segundo analistas da Goldman Sachs, o negócio dos medicamentos antiobesidade movimenta aproximadamente seis mil milhões de dólares, podendo atingir os 100 mil milhões de dólares (92 mil milhões de euros) antes de 2030.
A Zealand Pharma, liderada por Adam Steensberg, acredita que ainda há tempo para deixar sua marca na indústria dos denominados supressores de apetite, mas não avança com data para comercializar o novo medicamento.
No início deste mês de janeiro a farmacêutica encaixou 214 milhões de dólares (197 milhões de euros) com a venda de 6% do capital.
As ações da Novo Nordisk e da Eli Lilly valorizaram 55% e 73%, respetivamente, desde o início de 2023, graças aos medicamentos antiobesidade.
O CEO da farmacêutica garante que a Zeland Pharma não pretende desenvolver um medicamento desta natureza para ser incorporada por alguma gigante multinacional do setor. A empresa, já trabalha com a Boehringer Ingleheim no desenvolvimento deste medicamento e entende que esse é um formato de atuação a ser replicado no futuro.
"Queremos unir forças com alguém que tenha uma estratégia de como vencer a obesidade", afirmou Adam Steensberg ao Financial Times.
A Zealand Pharma não está sozinha nesta corrida de aproximação à Novo Nordisk e Eli Lilly. Gigantes farmacêuticas como a Roche a AstraZenaca estão igualmente à procura do pote de ouro.
A suíça Roche adquiriu uma empresa que está a desenvolver um medicamento nesta área, a Carmot Therapeutics, por 3,1 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros).
Já a AstraZeneca assinou em novembro do ano passado um acordo de licenciamento de dois milhões de dólares com a Eccogene, fabricante chinesa de um medicamento oral para obesidade.