Notícia
Guerra dos direitos televisivos ameaça arranque da Liga espanhola
A Liga espanhola está prevista iniciar-se a 18 de Agosto. Mas há treze clubes a ameaçar adiar a competição. Tudo por causa dos direitos televisivos
Em Espanha, tal como acontece em Portugal, os direitos televisivos não são centralizados. Cada clube negoceia com os operadores de televisão as transmissões dos seus jogos de futebol. Todos os anos a discussão chega, mas este ano tornou-se em ameaça. Mais de metade dos clubes da Liga BBVA, a primeira liga em Espanha, admitem travar o arranque do campeonato marcado para sábado, 18 de Agosto.
Treze dos vinte clubes que disputam o campeonato principal de futebol em Espanha solicitaram a marcação pela Liga de Futebol Profissional (LFP) espanhola de uma reunião urgente da designada Junta da Primera, que reúne os clubes da liga principal. Mas a LFP resolveu, antes, marcar uma assembleia-geral, que conta com os clubes da segunda divisão para esta terça-feira. O Grupo dos Treze não gostou, dizendo que a Liga não defende os interesses dos clubes.
O secretário de estado do Desporto espanhol, Miguel Cardenal, já fez saber que estará terça-feira na reunião, para tentar mediar o conflito, segundo noticia a Reuters.
Atlético de Bilbao, Atlético de Madrid, Betis, Celta de Vigo, Espanhol, Getafe, Granada, Maiorca, Osasuna, Vallecano, Real Sociedad, Sevilha e Zaragoza são os treze unidos, que ameaçam travar o início da Liga. Tudo porque Canal+ e Mediapro não se entendem na compra dos direitos e há o risco de alguns clubes ficarem sem essa receita, importante para o financiamento dos clubes. Nas reivindicações, os clubes querem, ainda, "transparência e regulação" no sistema de escolha dos horários a que decorrem os jogos. Estes são muitas vezes marcados ao "sabor" dos interesses televisivos, por isso, alguns jogos terminam tarde, no entender desses clubes.
Na imprensa espanhola fala-se numa oposição à liderança da LFP, no meio desta polémica, que promete continuar. O presidente do Sevilha, José Maria del Nido, citado pela imprensa espanhola, já fez saber que não participará na reunião de terça-feira, já que pretendia que o encontro fosse apenas com os clubes da Liga BBVA.
A divisão dos clubes é clara, na medida em que os de média e pequena dimensão vêem o principal bolo dos direitos televisivos irem parar ao Real Madrid e ao Barcelona, que receberam, no ano passado, cada 140 milhões de euros, pagos pela Mediapro. Esta empresa tem a maior parte dos contratos com os clubes da Liga BBVA e paga ao Atlético de Madrid 47 milhões, ao Sevilha 32 milhões e ao Vallecano 14 milhões.
A Comissão Nacional de Concorrência impediu, numa decisão de Abril de 2010, que os contratos de direitos televisivos com os clubes e a Mediapro tivessem uma duração superior a três anos, pelo que em Julho passado tornaram-se nulos muitos dos contratos que estavam em vigor. O que levou a que muitos clubes passassem para o Canal+, detida pela Prisa, o que, segundo explica o El Pais, levou a que a Mediapro deixasse de pagar o que devia aos clubes que se mudaram para o Canal+, como foi o caso do Espanhol, Bilbao, Real Sociedad ou Zaragoza.
Em Portugal, segundo noticiava no sábado o jornal "Expresso", a Liga espanhola vai manter-se na Sport TV, depois da empresa detida por Miguel Pais do Amaral, a Worldcom, não ter cumprido o pagamento da primeira prestação acordada no contrato com a Mediapro. Esta empresa espanhola, segundo o Expresso, já contactou a Sport TV para saber da disponibilidade do canal para retomar as negociações. A LIga espanhola para Portugal custava à Sport TV cerca de 1,2 milhões de euros, mas a empresa de Pais do Amaral tinha aceitado comprar os direitos por 4,5 milhões de euros por época.
Treze dos vinte clubes que disputam o campeonato principal de futebol em Espanha solicitaram a marcação pela Liga de Futebol Profissional (LFP) espanhola de uma reunião urgente da designada Junta da Primera, que reúne os clubes da liga principal. Mas a LFP resolveu, antes, marcar uma assembleia-geral, que conta com os clubes da segunda divisão para esta terça-feira. O Grupo dos Treze não gostou, dizendo que a Liga não defende os interesses dos clubes.
Atlético de Bilbao, Atlético de Madrid, Betis, Celta de Vigo, Espanhol, Getafe, Granada, Maiorca, Osasuna, Vallecano, Real Sociedad, Sevilha e Zaragoza são os treze unidos, que ameaçam travar o início da Liga. Tudo porque Canal+ e Mediapro não se entendem na compra dos direitos e há o risco de alguns clubes ficarem sem essa receita, importante para o financiamento dos clubes. Nas reivindicações, os clubes querem, ainda, "transparência e regulação" no sistema de escolha dos horários a que decorrem os jogos. Estes são muitas vezes marcados ao "sabor" dos interesses televisivos, por isso, alguns jogos terminam tarde, no entender desses clubes.
Na imprensa espanhola fala-se numa oposição à liderança da LFP, no meio desta polémica, que promete continuar. O presidente do Sevilha, José Maria del Nido, citado pela imprensa espanhola, já fez saber que não participará na reunião de terça-feira, já que pretendia que o encontro fosse apenas com os clubes da Liga BBVA.
A divisão dos clubes é clara, na medida em que os de média e pequena dimensão vêem o principal bolo dos direitos televisivos irem parar ao Real Madrid e ao Barcelona, que receberam, no ano passado, cada 140 milhões de euros, pagos pela Mediapro. Esta empresa tem a maior parte dos contratos com os clubes da Liga BBVA e paga ao Atlético de Madrid 47 milhões, ao Sevilha 32 milhões e ao Vallecano 14 milhões.
A Comissão Nacional de Concorrência impediu, numa decisão de Abril de 2010, que os contratos de direitos televisivos com os clubes e a Mediapro tivessem uma duração superior a três anos, pelo que em Julho passado tornaram-se nulos muitos dos contratos que estavam em vigor. O que levou a que muitos clubes passassem para o Canal+, detida pela Prisa, o que, segundo explica o El Pais, levou a que a Mediapro deixasse de pagar o que devia aos clubes que se mudaram para o Canal+, como foi o caso do Espanhol, Bilbao, Real Sociedad ou Zaragoza.
Em Portugal, segundo noticiava no sábado o jornal "Expresso", a Liga espanhola vai manter-se na Sport TV, depois da empresa detida por Miguel Pais do Amaral, a Worldcom, não ter cumprido o pagamento da primeira prestação acordada no contrato com a Mediapro. Esta empresa espanhola, segundo o Expresso, já contactou a Sport TV para saber da disponibilidade do canal para retomar as negociações. A LIga espanhola para Portugal custava à Sport TV cerca de 1,2 milhões de euros, mas a empresa de Pais do Amaral tinha aceitado comprar os direitos por 4,5 milhões de euros por época.