A farmacêutica portuguesa Atral foi comprada pelo grupo Medifarma. A notícia é avançada na edição desta quarta-feira, 7 de Setembro, do Público.

Os valores do negócio, concluído em Junho, e os planos concretos do grupo peruano não são conhecidos. Mas segundo Alberto Mesquita, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, onde a empresa que integrava o grupo Atral-Cipan é sediada, passam pela modernização da farmacêutica que nasceu em 1963.

Já para a Medifarma, liderada por Francisco Xavier Picasso Candamo, a aquisição permite reforçar a área de penicilinas e antibióticos.

O jornal conta ainda que as ligações da Atral, fundada por Sebastião Alves, ao Peru são antigas. Começaram em 1965 quando a empresa decidiu abrir um laboratório no Peru através de parcerias locais. Alias, a empresa portuguesa ainda tem uma filial neste país denominada Pharbal.

A história da Atral remonta à década de 40, quando Sebastião Alves começou a trabalhar numa farmácia em Alcântara (Lisboa) chamada Atral. Uma crise financeira na farmácia leva o então agente de propaganda médica a ser chamado para a gestão do negócio em 1948.

Passado um ano as contas estavam equilibradas e Sebastião Alves decide começar a expandir o negócio tendo aberto em 1963 a fábrica em Vila Franca de Xira, actual sede do grupo Atral-Cipan. Enquanto a Atral se focava na produção final de medicamentos, a Cipan dedicava-se à produção das substâncias para produzir os produtos finais. Passados uns anos, as actividades foram agrupadas.

Mas os passos de Sebastião Alves não ficaram pelo sector farmacêutico. O empresário foi também um dos fundadores da Arcádia, da Editorial Verbo e do BCP.

Hoje, a Atral é uma das dez maiores farmacêuticas exportadoras em território nacional, marcando presença em vários países europeus, nos EUA e Médio Oriente.