Notícia
Greve cancela 300 voos. Groundforce desafia TAP a pagar "o que é devido"
A empresa de handling diz que "bastaria que a TAP pagasse o valor em dívida pelos serviços já prestados para que os salários fossem regularizados". A operação em Lisboa foi a mais afetada, com o cancelamento de 226 voos.
17 de Julho de 2021 às 21:08
A Groundforce avançou que a greve de hoje dos seus trabalhadores levou ao cancelamento de mais de 300 voos e desafiou a TAP a pagar à empresa "o que lhe é devido pelos serviços prestados".
"A Groundforce não é indiferente aos transtornos causados por esta greve e reitera que bastaria que a TAP pagasse o valor em dívida pelos serviços já prestados pela Groundforce para que os salários fossem regularizados", adiantou a empresa de 'handling' em comunicado.
"Quem está na condição de devedor é a TAP, que, no total, deve já 12 milhões de euros de faturação emitida", adiantou ainda, garantindo que esta manhã enviou uma carta à transportadora aérea, "dando o seu acordo para que a transferência de cinco milhões de euros fosse feita, a título de adiantamento, e a greve suspensa".
"A Groundforce aceitou todas as condições impostas pela TAP, exceto reconhecer o valor como um "crédito", razão pela qual a TAP rejeitou a proposta", referiu a companhia, que presta apoio em terra à aviação em vários aeroportos nacionais.
Antecipando que este domingo os aeroportos portugueses vão voltar a sofrer constrangimentos devido à greve, a Groundforce apelou à TAP para que "coloque os interesses do país à frente dos seus e que pague" pelos serviços prestados nos aeroportos nacionais.
De acordo com a Groundforce, até às 18:30 de hoje, a greve levou ao cancelamento de mais de 300 de voos, com a operação em Lisboa, onde 79,3% dos trabalhadores aderiram à paralisação, a ser a mais afetada, com o cancelamento de 226 voos.
O aeroporto do Porto registou uma adesão de 45% e um total de 68 voos cancelados, de acordo com os dados divulgados pela empresa, enquanto, em Faro, a adesão foi de 11,5%, com o cancelamento de sete voos.
No Funchal foram cancelados três voos, em resultado da adesão de 15,8% dos trabalhadores, adiantou a Groundforce.
O que está em causa?
Hoje foi o primeiro dia da greve convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), como protesto pela "situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias" que os trabalhadores da Groundforce enfrentam desde fevereiro de 2021.
A paralisação vai prolongar-se pelos dias 18 e 31 de julho, 1 e 2 de agosto, o que levou a ANA a alertar para constrangimentos nos aeroportos nacionais, cancelamentos e atrasos nos voos assistidos pela Groundforce, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo.
Além desta greve, desde o dia 15 de julho que os trabalhadores da Groundforce estão também a cumprir uma greve às horas extraordinárias, que se prolonga até às 24:00 do dia 31 de outubro de 2021.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.
"A Groundforce não é indiferente aos transtornos causados por esta greve e reitera que bastaria que a TAP pagasse o valor em dívida pelos serviços já prestados pela Groundforce para que os salários fossem regularizados", adiantou a empresa de 'handling' em comunicado.
"A Groundforce aceitou todas as condições impostas pela TAP, exceto reconhecer o valor como um "crédito", razão pela qual a TAP rejeitou a proposta", referiu a companhia, que presta apoio em terra à aviação em vários aeroportos nacionais.
Antecipando que este domingo os aeroportos portugueses vão voltar a sofrer constrangimentos devido à greve, a Groundforce apelou à TAP para que "coloque os interesses do país à frente dos seus e que pague" pelos serviços prestados nos aeroportos nacionais.
De acordo com a Groundforce, até às 18:30 de hoje, a greve levou ao cancelamento de mais de 300 de voos, com a operação em Lisboa, onde 79,3% dos trabalhadores aderiram à paralisação, a ser a mais afetada, com o cancelamento de 226 voos.
O aeroporto do Porto registou uma adesão de 45% e um total de 68 voos cancelados, de acordo com os dados divulgados pela empresa, enquanto, em Faro, a adesão foi de 11,5%, com o cancelamento de sete voos.
No Funchal foram cancelados três voos, em resultado da adesão de 15,8% dos trabalhadores, adiantou a Groundforce.
O que está em causa?
Hoje foi o primeiro dia da greve convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), como protesto pela "situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias" que os trabalhadores da Groundforce enfrentam desde fevereiro de 2021.
A paralisação vai prolongar-se pelos dias 18 e 31 de julho, 1 e 2 de agosto, o que levou a ANA a alertar para constrangimentos nos aeroportos nacionais, cancelamentos e atrasos nos voos assistidos pela Groundforce, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo.
Além desta greve, desde o dia 15 de julho que os trabalhadores da Groundforce estão também a cumprir uma greve às horas extraordinárias, que se prolonga até às 24:00 do dia 31 de outubro de 2021.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.
Laboratórios no Aeroporto de Lisboa com horário alargado para testes covid A ANA - Aeroportos de Portugal anunciou o alargamento do horário dos laboratórios que realizam testes à covid-19 no aeroporto de Lisboa, na sequência dos cancelamentos de voos devido à greve dos trabalhadores da Groundforce. Os passageiros podem, a partir das 04:00, efetuar o teste de despiste ao vírus SARS-CoV 2 no Synlab, no piso -1 do aeroporto, e na UCS - Cuidados Integrados de Saúde/TAP, junto às partidas. "Deste modo, os passageiros que viram os seus voos cancelados durante o dia de hoje e de amanhã [domingo] podem realizar o teste PCR ou antigénio no aeroporto de Lisboa num horário mais alargado", completou.