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Governo quer fusão parcial da Parpública e subsidiárias

Uma carta do Ministério das Finanças para deputados sociais-democratas aponta a intenção de avançar com uma fusão das áreas administrativas de empresas públicas. Não é possível saber se há lugar a despedimentos.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 05 de Janeiro de 2015 às 19:57
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O Governo pretende avançar com uma fusão de áreas administrativas da Parpública, que gere participações de empresas a privatizar, e de suas subsidiárias da área do imobiliário, a Estamo e a Sagestamo.

 

"Foi pedido à Parpública um levantamento das potenciais sinergias no âmbito do imobiliário com o objectivo de poder vir a efectuar uma fusão das áreas administrativas das empresas". A frase consta de uma carta, de 25 de Novembro, do Ministério das Finanças, citada esta segunda-feira, 5 de Janeiro, pelo Dinheiro Vivo.

 

A indicação do gabinete de Maria Luís Albuquerque foi dada em resposta a uma carta dos deputados social-democratas dos Açores Mota Amaral, Joaquim Ponte e Lídia Bulcão que, a 17 de Outubro, quiseram saber pormenores de um negócio específico em torno do Estabelecimento Prisional de Lisboa e se haveria idênticas situações no arquipélago – uma carta cujo título era "Bizarras vendas de bens públicos a entidades públicas".

 

A Parpública tem como uma das suas funções a "gestão do património imobiliário público excedentário, através de empresas subsidiárias de objecto especializado". A Sagestamo é totalmente detida pela Parpública e, por sua vez, controla a Estamo. É sobre estas empresas que a pergunta é feita mas, no grupo Parpública, há outras sociedades da área da gestão e promoção imobiliária como a Baía do Tejo e a Lazer e Floresta. A Sagestamo, cujas necessidades de financiamento são asseguradas pela Parpública, gere participações sociais de empresas com actividade no imobiliário. A Estamo, por sua vez, adquire e arrenda ao Estado para depois os vender, após acções de promoção e valorização dos imobiliários.

 

Ainda não foi possível obter um comentário nem da sociedade gestora de participações públicas Parpública nem do Ministério das Finanças, pelo que não se sabe se esta fusão parcial poderá ter impacto no número de postos de trabalho. Nem se sabe se o cálculo de sinergias já está feito.

 

A Parpública, exclusivamente pública e que no ano passado vendeu a participação nos CTT e na gestora de resíduos EGF, apresentou prejuízos de 118 milhões de euros até Junho de 2013, o que levou a uma redução dos capitais próprios para 3,97 mil milhões de euros.

 

Segundo o relatório e contas de 2013, todo o grupo Parpública, que inclui universos como a TAP e a Águas de Portugal, contava, no final do primeiro semestre, com 17.074 funcionários.

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