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Parpública: da extinção à função relevante
Em 2011 chegou a falar-se na extinção da Parpública. O recuo nessa pretensão leva agora o Governo a dizer que a empresa pública "continua a ter uma função relevante". Mas vai haver fusão das empresas que gerem o imobiliário.
Nos relatórios da avaliação da troika ao programa de ajuda a Portugal, logo em 2011, marcou-se o futuro da Parpública: deveria ser integrada no estado ou seria extinguida. O Governo falou mesmo na sua extinção a partir de 2013.
Quatro anos depois, Isabel Castelo Branco, secretária de Estado do Tesouro, e já depois de conhecido o recuo do Governo na extinção da parpública, sublinha a relevância desta empresa pública que, assegura em entrevista ao Diário Económico, "não ficou esvaziada", ainda que tenha vendido a maior parte dos activos.
Ainda assim, afirma, "a Parpública continua a ter um papel importante na execução da função accionista do Estado. Como aliás tem tido. E também no acompanhamento das privatizações, enquanto accionista da TAP". Isabel Castelo Branco diz mesmo que "dentro da reorganização operacional de algumas empresas também vai ter algumas responsabilidades operacionais acrescidas. Tem objecto. Ao contrário da ideia que que passa, continua a ter uma função e uma função relevante".
Isabel Castelo Branco pediu, no entanto, à Parpública um plano de sinergias das empresas que detém e que gerem imobiliário, como a Sagestamo e a Lazer Florestas. O potencial de sinergias, diz, é de 900 mil euros por ano. O processo de fusão, que foi avançado pelo Dinheiro Vivo há duas semanas, estará concluído dentro de três ou quatro meses.