O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro (na foto), disse esta terça-feira que o Governo está neste momento a tratar toda a informação que foi reunida na consulta pública às concessões de transportes públicos de passageiros de Lisboa e Porto e que é necessária uma "comparabilidade" de propostas com a intenção manifestada pela câmara da capital de ficar com a gestão da Carris e Metro.

Sérgio Monteiro explicou que, neste processo, até agora "ninguém apresentou proposta", mas que houve sim trocas de correspondência sobre alguns aspectos feita com a autarquia e com os privados. "Hoje temos informação dos privados e conhecemos o pensamento da Câmara sobre alguns dos aspectos que para nós são fundamentais", disse o responsável, que mantém o calendário de avançar com estas concessões até ao final de Junho.

"Estamos a tentar equalizar a informação entre umas partes e outras para tomar a melhor decisão para os contribuintes", afirmou, escusando-se mais uma vez a revelar que manifestações de interesse o Estado recebeu de operadores para a Carris, Metro de Lisboa, STCP e Metro do Porto.

Como explicou, há aspectos qualitativos e quantitativos de que o Estado não abdica, como seja a manutenção do nível de serviço público em Lisboa e no Porto, haver estabilidade na relação entre Estado e a entidade que vai prestar o serviço, e o fim das indemnizações compensatórias já em 2015.

Como fez questão de frisar, "as indemnizações compensatórias serão eliminadas quer o Estado seja o gestor das empresas para o futuro quer não".

Relativamente à concessão da Transtejo e Soflusa, que esta semana começarão a ser objecto de consulta pública, Sérgio Monteiro disse não esperar que surja o mesmo número de interessados que surgiram para as concessões da Carris, Metro de Lisboa, STCP e Metro do Porto.

"O número de operadores com experiência no transporte fluvial e muito menor do que nos de transporte de metropolitano e autocarros", afirmou.