Notícia
Governo não vai divulgar dados de adesão no dia da greve geral
O secretário de Estado da Administração Pública afirma que a divergência de números entre Governo e sindicatos "em nada contribuiu para o esclarecimento público".
A habitual guerra de números entre o Governo e os sindicatos da Administração Pública não se vai repetir na próxima greve geral, marcada para quinta-feira. O Governo decidiu que, desta vez, não será recolhida informação em tempo real.
No despacho que fundamenta a decisão, hoje divulgado, o secretário de Estado da Administração Pública lembra que os procedimentos utilizados até à última greve geral foram decididos pelo anterior governo, e argumenta que a “discussão” gerada pela disparidade de números “em nada contribuiu para o esclarecimento público”.
“Tais procedimentos não só não evitaram a ocorrência de significativas divergências entre a informação recolhida e disponibilizada pela DGAEP e a informação veiculada pelas associações sindicais, como alimentaram, ao invés, uma discussão em torno da qualidade e da veracidade dos números apurados que em nada contribuiu para o esclarecimento público nem para a melhoria da informação relacionada com o exercício do direito à greve”, pode ler-se no despacho, disponibilizado na página da Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público.
“Neste quadro, são descontinuados os procedimentos de recolha e de divulgação de informação sobre a adesão à greve dos trabalhadores da Administração Central do Estado previstos no despacho nº 343/11/MEF, de 20 de outubro de 2011”, acrescenta o Governo.
Em causa estão os números relativos à adesão de trabalhadores, mas também ao encerramento de serviços do Estado.
O Governo acrescenta que esta mudança de procedimentos em nada interfere com os direitos e deveres inerentes a uma greve, pelo que as faltas assumidas como greve continuarão a ter “efeitos remuneratórios”.
Os dirigentes máximos dos serviços devem comunicar à Direcção-Geral do Orçamento o impacto ao nível dos vencimentos e dos funcionários em greve. Só na sequência deste procedimento haverá informação “rigorosa” sobre o assunto.
Na última greve geral, que uniu as duas centrais sindicais, a 24 de Novembro, o Governo anunciou uma taxa de adesão de 10,28%, enquanto os sindicatos garantiram que a adesão foi superior à do ano anterior, envolvendo mais de três milhões de pessoas. Os sindicatos acusaram o Governo de manipular os números.
“O documento que o Governo pôs cá fora sobre os números dos trabalhadores que fizeram greve às 11h30 é uma vergonha que ultrapassa os limites da decência e do decoro”, afirmou então João Proença, em conferência de imprensa.
A greve geral do próxima quinta-feira, dia 22, foi convocada pela CGTP.
No despacho que fundamenta a decisão, hoje divulgado, o secretário de Estado da Administração Pública lembra que os procedimentos utilizados até à última greve geral foram decididos pelo anterior governo, e argumenta que a “discussão” gerada pela disparidade de números “em nada contribuiu para o esclarecimento público”.
“Neste quadro, são descontinuados os procedimentos de recolha e de divulgação de informação sobre a adesão à greve dos trabalhadores da Administração Central do Estado previstos no despacho nº 343/11/MEF, de 20 de outubro de 2011”, acrescenta o Governo.
Em causa estão os números relativos à adesão de trabalhadores, mas também ao encerramento de serviços do Estado.
O Governo acrescenta que esta mudança de procedimentos em nada interfere com os direitos e deveres inerentes a uma greve, pelo que as faltas assumidas como greve continuarão a ter “efeitos remuneratórios”.
Os dirigentes máximos dos serviços devem comunicar à Direcção-Geral do Orçamento o impacto ao nível dos vencimentos e dos funcionários em greve. Só na sequência deste procedimento haverá informação “rigorosa” sobre o assunto.
Na última greve geral, que uniu as duas centrais sindicais, a 24 de Novembro, o Governo anunciou uma taxa de adesão de 10,28%, enquanto os sindicatos garantiram que a adesão foi superior à do ano anterior, envolvendo mais de três milhões de pessoas. Os sindicatos acusaram o Governo de manipular os números.
“O documento que o Governo pôs cá fora sobre os números dos trabalhadores que fizeram greve às 11h30 é uma vergonha que ultrapassa os limites da decência e do decoro”, afirmou então João Proença, em conferência de imprensa.
A greve geral do próxima quinta-feira, dia 22, foi convocada pela CGTP.