O plano revisto pelo Governo de José Sócrates, em 2011, estimava, na sua versão mais pessimista, um crescimento de 6,9%. Ao Negócios, fonte oficial do Ministério da Economia sublinhou que "não será apresentado a revisão do PENT e sim as suas linhas orientadoras", não estando ainda prevista data para a apresentação completa do novo plano.

O Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) foi apresentado pela primeira vez em 2006, com um horizonte temporal de 10 anos. Na altura foram criados cinco eixos prioritários e dez produtos estratégicos. Com a crise, o Executivo decidiu rever o plano e, já demissionário, publicou o que denominou "PENT propostas para revisão no horizonte 2015 – versão 2.0". Resultado de uma consulta prévia, iniciada em 2010, o documento previa que em 2015 a receita de estrangeiros atingiria entre 10,6 e 12,2 mil milhões de euros, representando um crescimento médio anual entre 6,9% e 9,9%, e que nesse ano o peso das receitas de estrangeiros nas exportações de bens e serviços iria rondar 15,8%.

Agora, o novo plano prevê a nível nacional um crescimento médio anual das dormidas de 3% até 2015: 1,8% de crescimento anual para dormidas de residentes e de 3,7% para estrangeiros, com mais 6,3% de receitas por ano, como já noticiou o "JN". Em termos regionais, o novo plano estima que o crescimento das receitas no Norte atinja 4,7%, segundo a mesma publicação, enquanto na anterior revisão do plano a estimativa apontava para um crescimento de 7,5% (para o período de 2010-15).

Já o "Expresso" afiançava que o novo plano do turismo previa uma estratégia de emergência para o Algarve. E terá, segundo a mesma publicação, oito programas que se desdobram em 37 projectos, enquanto a revisão anterior desenvolvia-se em cinco eixos e 11 programas.

No período de 2006 a 2010, o número de hóspedes em Portugal aumentou em cerca de 800 mil e as dormidas em cerca de 1,4 milhões. Em 2011, as previsões apontavam que o crescimento dos hóspedes nacionais deveria situar-se entre os 2,2% e os 4,3% anuais, chegando em 2015 a um valor entre seis e 6,7 milhões. Já as dormidas de turistas nacionais crescerão a um ritmo um pouco mais lento, alcançando entre 12,8 e 14,1 milhões no mesmo ano.

Quanto aos hóspedes estrangeiros, estimava-se que estes chegassem, em 2015, a um valor entre oito e 8,9 milhões, gerando entre 26 e 28,7 milhões de dormidas.