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Governo confirma ter recebido "manifestações de interesse" nos CTT

O secretário de Estado dos Transportes afirmou hoje que o Governo tem recebido "manifestações de interesse" na privatização dos CTT, sublinhando, contudo, que, por agora, elas são apenas "curiosidade" sobre "como o processo será conduzido".

06 de Junho de 2013 às 20:06
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"Temos recebido manifestações de interesse em olhar para a companhia no momento em que tivermos essa privatização com regras definidas em conselho de ministros", disse Sérgio Monteiro aos jornalistas, à margem da apresentação do projecto do novo terminal de cruzeiros do Porto de Lisboa.

 

Estas "manifestações de interesse", explicou, vêm dos "agentes normais de mercado, quer nacionais, quer internacionais, investidores do sector e investidores financeiros", que, acrescentou, "têm procurado saber qual é o calendário e quando é que o Estado vai definir as regras" da privatização.

 

"Ficamos obviamente satisfeitos com essas manifestações de interesse, mas não as tomamos como definitivas. São curiosidades no sentido de saber como o processo será conduzido. Veremos depois se as intenções se manifestam em propostas efectivas", acrescentou, lembrando que o Governo ainda não iniciou formalmente o processo.

 

Sérgio Monteiro recusou-se a avançar as estimativas do Governo sobre o encaixe financeiro que esta privatização vai representar para o Estado, explicando que divulgar esses valores "daria indicação aos concorrentes".

 

Os valores são, contudo, do conhecimento da troika, "no âmbito dos exames regulares", disse o governante.

 

O secretário de Estado aproveitou ainda o momento para desmentir o que, afirmou, "tem sido dito por alguma oposição" sobre os objectivos da reestruturação da rede de estações que os CTT vêm levando a cabo por todo o país, e que tem gerado uma onda de protestos por parte das populações, dos autarcas, e dos partidos da oposição.

 

A reestruturação, diz, "não tem como objectivo valorizar a empresa para efeitos de privatização". As mudanças, diz, "não têm um racional económico, têm um racional de presença".

 

"Em primeiro lugar, este processo de racionalização da presença retira presença própria, mas reforça a importância do poder local. Porque muitas das estações - dos seus serviços - passam para as juntas de freguesia e para os pequenos negócios", explicou.

 

Para Sérgio Monteiro, estas mudanças correspondem "a uma aposta na vinculação desse poder local e dos pequenos negócios relativamente à população que servem" e "não têm despedimentos associados".

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