Notícia
Governo coloca Galp e REN na bolsa em 2006
O Governo está a preparar o lançamento em bolsa da REN - Rede Eléctrica Nacional e da Galp Energia. Segundo anunciou hoje o ministro da Economia Manuel Pinho, estas ofertas públicas iniciais (IPO) deverão acontecer durante o próximo ano.
O Governo está a preparar o lançamento em bolsa da REN - Rede Eléctrica Nacional e da Galp Energia. Segundo anunciou hoje o ministro da Economia Manuel Pinho, estas ofertas públicas iniciais (IPO) deverão acontecer durante o próximo ano.
Na REN, o Estado vai manter uma posição de maior relevância, enquanto na Galp irá dispersar nmais capital em Bolsa, anunciou o ministro escusando-se a precisar o valor das participações em causa.
«O objectivo é reduzir de forma gradual [a posição do Estado] nas três empresas» [edp, ren e Galp]», disse.
O Estado ainda tem cerca de 25% da EDP e já anunciou uma fase de privatização de 5% do capital da eléctrica até ao final deste ano. A posição na Galp ronda os 48%.
O ministro rejeitou o recurso de instrumentos como «golden shares» ou blindagem de estatutos nestas empresas, uma vez que estes têm sido muito questionados por Bruxelas, tal como aconteceu recentemente com a Portugal Telecom.
Na REN, o ministro admite a possibilidade de participações de empresas eléctricas no capital da sociedade que gere a rede eléctrica em Portugal
Sobre o eventual interesse da Petrobrás em entrar no capital da Galp, como noticiou hoje a «Gazeta Mercantil», o Manuel Pinho disse que é natural que isso aconteça, mas preferiu não comentar mais.
A conferência de imprensa de Manuel Pinho ocorreu no dia em que a nova estratégia nacional para a energia, que contempla a faculdade de cada operador poder estar presente em simultâneo nos sectores da electricidade e do gás.
O objectivo do Governo, é «estimular e favorecer a concorrência por forma a promover a defesa dos consumidores, bem como a competitividade e a eficiência das empresas, quer as do sector da energia, quer as demais do tecido produtivo nacional». A resolução aprovada obriga assim que empresas como a Galp e a EDP- onde o Estado tem forte participação - tenham agora de se organizar de forma a diversificarem a sua oferta e a concorrerem directamente entre si.